O sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil, o PIX, deve entrar no ar em outubro, revolucionando o setor no Brasil e permitindo transações instantâneas a qualquer dia ou hora da semana.

Com o fim dos sistemas DOC e TED e a digitalização dos pagamentos, as fintechs já tentam se posicionar no mercado para acompanhar a revolução que inevitavelmente chegará com o PIX.

Entre os analistas do mercado, é consenso que os mais impactados, além dos bancos, serão as empresas do setor de cartões de crédito, que já devem se preparar para uma mudança radical em adoção e receita.

Entre as fintechs de pagamento que já se destacam com pagamentos online, o ZigPay é uma das startups que oferecem soluções para o setor, com um produto de pagamentos sem contato que já foi adotado por 106 estabelecimentos.

Além dos pagamentos, a solução também unifica o cardápio, os pedidos e os pagamentos mobile para os clientes em uma só plataforma, também conectada a serviços de delivery, aceitando pagamentos de sistemas como NFC e QR, como informa o Pequenas Empresas & Grandes Negócios.

Os clientes não têm mais de passar pelo caixa ou pedir a conta nos estabelecimentos com o app, o que segundo o texto já gera um aumento de 40% no consumo e reduz o custo operacional em 30%.

"Mesmo na pandemia, tivemos demanda de casas aproveitando o fechamento temporário para trocar seu sistema de pagamentos", diz Carlos Lino, um dos criadores da fintech.

Já a fintech Axis desenvolveu uma plataforma para permitir a outras startups financeiras que façãm pagamentos e transferências instantâneas sem precisar investir em infraestrutura.

Com a antecipação do PIX, a plataforma deve integrar bancos, corretoras e fintechs em um só ambiente de transações digitais.

 

O cofundador da startup, Yan Tironi, com mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro, é também cofundador do ZigPay e da plataforma de serviços bancários white label BBNK. Ele diz:

"Quando começou a se falar de PIX, ficou claro para mim que as fintechs poderiam adotar duas posições. Algumas irão dedicar time e tempo para desenvolver uma solução própria e depois fazer sua manutenção constante. Outras comprarão uma solução pronta com essas atualizações regulatórias."

A indústria de pagamentos também é o principal interesse da Monkey Exchange, fintech que entrará no mercado em setembro, oferecendo antecipação nos pagamentos de cartão de crédito para pequenas e médias empresas.

A fintech antecipa os pagamentos para as empresas que precisam receber antes do prazo das operadoras de cartões, mercado que chega a movimentar R$ 1 trilhão por ano. A empresa espera antecipar R$ 1 bilhão até o fim do ano. 

O CEO da Monkey Exchange, Gustavo Muller, disse ao Valor Investe:

"É uma forma de ajudarmos as PMEs que estão sendo bem impactadas, principalmente agora durante a pandemia da covid-19. A taxa cobrada por essa antecipação é 30% menor que um empréstimo convencional"

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