Resumo da notícia:
Brasil se mantém no azul, mas apetite por fundos de criptomoedas diminui com cautela relacionada ao Fed.
Outros países também mantêm compra, mas são superados por pressão vendedora nos EUA.
AuM nacional e global recua com a queda de preços.
Solana minimiza retração de saques de fundos em Bitcoin.
Os investimentos líquidos do Brasil em fundos de criptomoedas totalizaram US$ 1,3 milhão, R$ 7 milhões, no acumulado semanal da última sexta-feira (31), segundo a CoinShares.
De acordo com os dados da gestora de criptomoedas, os produtos de investimento negociados em bolsa (ETPs) de criptomoedas sofreram US$ 360 milhões em saídas líquidas. Esse recuo, apontou o relatório, sucedeu as declarações pessimistas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em relação a uma possível interrupção na sequência de corte de juros, na reunião de dezembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), colegiado decisório de política monetária.
Em comunicado, o Fed informou que o Comitê está determinado ao seu objetivo de recuo da inflação anual a 2%, mas deixou claro que o colegiado decisório de política monetária está atento aos riscos para ambos os lados de seu duplo mandato e considera que os riscos de queda no emprego aumentaram nos últimos meses.
Além do Brasil, Alemanha, Suíça, Canadá e Austrália aportaram respectivos líquidos de US$ 32 milhões, US$ 30,8 milhões, US$ 8,5 milhões e US$ 7,2 milhões, enquanto outros países totalizaram líquidos US$ 9,9 milhões em compras. Pelo contrário, os investidores dos Estados Unidos e da Suécia sacaram respectivos líquidos US$ 439 milhões e US$ 11 milhões.
Apesar dos novos aportes, a queda de preços fez o Brasil recuar a US$ 1,55 bilhão no total de ativos sob gestão (AuM), sexto maior volume global. Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Canadá, e Suécia também mantiveram suas posições ao encerrarem a semana com respectivos AuM de US$ 158,47 bilhões, US$ 7,71 bilhões, US$ 7,42 bilhões, US$ 6,77 bilhões e US$ 3,47 bilhões. Enquanto isso, outros países avançaram a US$ 41 bilhões. Já o AuM total encerrou a semana em US$ 227,42 bilhões.
Em relação ao monitoramento por criptoativos, as saídas líquidas de fundos em Bitcoin (BTC) chegaram a US$ 946 milhões, mas foram majoritariamente compensadas por entradas líquidas, principalmente, em ETPs de Solana (SOL), Ethereum (ETH), XRP, Sui (SUI), cestas multiativos e Litecoin (LTC), respectivamente de US$ 421,1 milhões, US$ 57,6 milhões, US$ 43,2 milhões, US$ 9,4 milhões, US$ 8,3 milhões e US$ 1,5 milhão. Enquanto isso, outros fundos baseados em ativos digitais totalizaram US$ 43,4 milhões e, depósitos líquidos na última semana.
Por fundos, iShares ETFs (Bitcoin e Ethereum), da BlackRock, totalizaram US$ 390 milhões em saídas líquidas. Na mesma direção, Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund, Bitwise Funds Trust, ARK 21 Shares/USA e a Grayscale registraram respectivas retiradas líquidas de US$ 156 milhões, US$ 92 milhões, 76 milhões e US$ 39 milhões. Em rota contrária, ProShares ETFs e 21Shares AG receberam respectivos líquidos de US$ 47 milhões e US$ 21 milhões em aportes, enquanto outros fundos somaram US$ 325 milhões em entradas líquidas.
Na semana anterior, os investidores nacionais ignoraram as incertezas ao aportarem R$ 70,8 milhões em fundos de criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.