Resumo da notícia
Baleias movimentam US$ 1,8 bilhão e aumentam a pressão de venda sobre o Bitcoin.
Fed adota tom cauteloso, reduzindo expectativas de cortes de juros e fortalecendo o dólar.
Suporte técnico em US$ 107 mil define o rumo do BTC; abaixo disso, risco de queda até US$ 101 mil.
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Preço do Bitcoin ao Vivo
8h30
O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta segunda-feira, 03/10/2025, está cotado em R$ 577.113,76. O preço do BTC caiu mais de 3% e voltou a preocupar os traders de que a queda pode se estender até níveis abaixo de US$ 100 mil.
Por que o preço do Bitcoin caiu hoje?
A movimentação reflete uma combinação de fatores: vendas em massa por grandes investidores, declarações agressivas do Federal Reserve (Fed) e rompimento de suportes técnicos importantes.
Nos bastidores do mercado, o clima é de cautela. Grandes detentores de BTC, conhecidos como baleias, movimentaram 16.265 bitcoins, o equivalente a mais de US$ 1,8 bilhão, para corretoras como Kraken, Binance e Coinbase. Essas transações acenderam o alerta entre investidores, pois, historicamente, depósitos em exchanges costumam anteceder fortes vendas.
Essa movimentação começou em 1º de outubro. Uma das carteiras transferiu 13.000 BTC, cerca de US$ 1,48 bilhão, e outra enviou 3.265 BTC, avaliados em US$ 364 milhões. Para muitos analistas, trata-se de uma realização de lucros por parte de investidores antigos que decidiram reduzir a exposição após a última alta. Quando isso ocorre, investidores menores costumam reagir com pânico, amplificando a pressão de venda.
Ferramentas de análise on-chain, como CryptoQuant, mostram o aumento de saldos de BTC nas exchanges, um indicador que costuma sinalizar potencial pressão baixista no curto prazo.
Incerteza com o Fed aumenta volatilidade
Outro fator decisivo veio de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve. Em uma fala recente, ele afirmou que “nenhum corte de juros está garantido” para dezembro. A declaração contrariou as expectativas de parte do mercado, que previa uma política monetária mais flexível após o corte de 25 pontos-base em outubro.
A reação foi imediata: ETFs de Bitcoin registraram saídas de US$ 1,15 bilhão na última semana. O dólar se fortaleceu, e ativos de risco, como o BTC, perderam tração. Mesmo assim, a ferramenta FedWatch da CME ainda mostra 69,3% de probabilidade de um novo corte de juros em dezembro, o que mantém o cenário altamente volátil.
No campo técnico, o Bitcoin rompeu o nível de retração de Fibonacci de 50% (US$ 114.898), além da média móvel simples de 30 dias (US$ 113.191). Esses rompimentos indicam fraqueza estrutural. O indicador RSI, em 47 pontos, mostra perda de força compradora, enquanto o MACD continua em território negativo.
Os traders consideram a faixa entre US$ 114 mil e US$ 115 mil uma região crítica de resistência. Se o preço permanecer abaixo de US$ 107 mil, há risco de queda adicional de 5% a 7%, com possíveis testes em US$ 101,7 mil, região onde está a média móvel exponencial de 200 dias.
Bitcoin análise macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, destaca que os mercados asiáticos começam a semana em leve alta, sustentados pelo otimismo com IA e por expectativas de crescimento de empresas de tecnologia. No entanto, o dólar insistiu em manter-se forte, reduzindo parte do apetite por risco alternativo.
O ambiente de liquidez continua favorável, mas a sinalização de que eventuais cortes de juros pelo Federal Reserve podem estar limitados gera cautela. O ouro se estabilizou e o petróleo teve leve alta em função de menor pressão de oferta. Já o Bitcoin cotado em aproximadamente US$ 108.700 possui uma expectativa de curto prazo neutra a levemente positiva.
Por um lado, o otimismo com IA e o ambiente de liquidez ainda presente favorecem o Bitcoin como ativo de risco/alternativo. Por outro, o fortalecimento do dólar e o abrandamento das expectativas de corte de juros reduzem parte do impulso de alta. Assim, espera‑se uma oscilação lateral ou com leve ascendência.
A faixa provável de movimentação situar‑se‑á entre US$ 106.000 e US$ 112.000, com potencial de rompimento para cima caso surjam dados ou anúncios que reforcem o afrouxamento monetário ou fluxo para cripto; no entanto, se o dólar se fortalecer ou sinais de risco global se intensificarem, há risco de recuo em direção a suportes próximos de US$ 106.000–104.000.
Bitcoin análise técnica
De acordo com dados da Santiment, o número de carteiras com mais de 10 BTC aumentou em 231 unidades nos últimos dez dias. Ao mesmo tempo, 37 mil pequenos investidores deixaram o mercado. Esse padrão, segundo analistas, tem um histórico de impulsionar altas no longo prazo.
Esse movimento mostra que as baleias voltaram a acumular, possivelmente antecipando uma valorização futura. No entanto, a saída de investidores individuais revela volatilidade no curto prazo, já que a liquidez do varejo é essencial para sustentar uma tendência de alta contínua.
Outro dado importante vem dos ETFs de Bitcoin, que hoje somam US$ 137 bilhões sob gestão. A entrada constante de capital institucional ajuda a equilibrar as forças e reforça a tese de que o mercado ainda atrai confiança de longo prazo.
Nem todos os analistas estão otimistas. O perfil Verified Investing alertou que o Bitcoin foi rejeitado no AVWAP do terceiro trimestre, o que pode indicar uma perna de baixa nos próximos meses. Segundo a projeção, a EMA de 200 dias, em US$ 108.788, é um suporte decisivo. Uma quebra abaixo desse nível poderia gerar liquidações em cascata e intensificar o pessimismo.
Mesmo assim, há sinais de esperança. A analista CryptoTea destacou que o Índice de Medo e Ganância caiu para 36, o menor patamar desde abril, quando o BTC valia US$ 83 mil. Naquele período, o sentimento de pânico precedeu uma alta de 28% nas semanas seguintes.
Ela lembra que esse tipo de cenário — pânico no varejo combinado com compras de grandes investidores — costuma indicar reversões de tendência. Porém, o RSI precisa superar 55 para confirmar o retorno da força compradora.
No curto prazo, o nível de US$ 107 mil será observado com atenção. Se o Bitcoin conseguir se manter acima desse suporte, os otimistas podem ganhar força e empurrar o preço de volta à faixa de US$ 115 mil. Caso contrário, uma nova onda de vendas técnicas pode levar o ativo a testar US$ 101 mil nas próximas semanas.
Portanto, o preço do Bitcoin em 03 de novembro de 2025 é de R$ 577.113,76. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 03 de novembro de 2025, são: Aster (ASTER), Internet Computer (ICP) e Official Trump (TRUMP), com altas de 6%, 3% e 2% respectivamente.
Já as criptomoedas que etão registrando as maiores baixas no dia 03 de novembro de 2025, são: SPX6900 (SPX), Virtual Protocols (VIRTUAL) e Artificial Superintelligence Aliance (FET) com quedas de -14%, -13% e -12% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
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