Através de uma parceria com a Compass Group, a gestora global WisdomTree aterrizou oficialmente no país no último dia 16, quando a Brasil, Bolsa, Balcão (B3), anunciou a listagem de BDRs de três fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) da empresa estadunidense.

O anúncio aconteceu no mesmo dia em que a WisdomTree formalizou um pedido de alteração de um registro de ETF baseado em negociação à vista (spot) de Bitcoin (BTC) junto à SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, feito em junho.

De acordo com informações veiculadas pela B3, a empresa, que gerencia um volume de US$ 97 bilhões, não incluiu criptomoedas em seu portfólio inicial de produtos. Assim como outros ETFs que a WisdomTree relatou ao portal NeoFeed que pretendia disponibilizar aos investidores nacionais, mas que acabou esbarrando na regulamentação brasileira.

Isso porque a WisdomTree é líder global em autoindexação, que representa a utilização de índices próprios da gestora, criados a partir de dados históricos e em função da demanda dos investidores. Estratégia que incompatível com o artigo 52 da Resolução nº 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que não permite a adoção de índice próprio.

Segundo a B3, o três produtos são BDRs (Brazilian Depositary Receipt) de ETFs, que são certificados negociados na B3 que representam ETFs estrangeiros. Um deles, destinado a investidores do varejo e qualificados, é o Wisdomtree Floating Rate Treasury Fund (BUSF39), ativo que acompanha as oscilações das taxas básicas de juros e inflação dos Estados Unidos por meio do índice Bloomberg U.S. Treasury Floating Rate Bond.

Completam a lista o Wisdomtree Cloud Computing Fund (BWCL39), lastreado no índice BVP Nasdaq Emerging Cloud, desenvolvido para avaliar o impacto das empresas públicas de tecnologia de nuvem emergentes dos EUA; e o Wisdomtree Yield Enhanced U.S. Aggregate Bond (BAGY39), que reflete o desempenho do índice Bloomberg U.S. Aggregate Enhanced Yield Index, resultando em uma carteira com alocação multisetorial de renda variável.

Enquanto a WisdomTree desembarcava no país, a SEC adiava para 2024 a decisão sobre o ETF de Bitcoin da Hashdex e de Ethereum da Grayscale, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.