O atacante Willian Bigode se pronunciou publicamente pela primeira vez sobre o escândalo envolvendo o nome dele com a empresa de investimento em criptomoedas Xland, acusada de ter causado um prejuízo de cerca de R$ 11 milhões a dois ex-companheiros de Bigode no Palmeiras, Mayke e Gustavo Scarpa.
Emprestado ao Santos pelo Fluminense, Bigode disputará a série B do Brasileirão este ano pelo Peixe. Durante sua apresentação na última sexta-feira (12), o atleta, supostamente intermediador dos aportes feitos por Mayke e Scarpa na Xland, foi questionado sobre o assunto.
Na ocasião, o atleta se disse constrangido, negou participação no esquema e argumentou que também foi vítima da Xland.
“Vou ser direto e objetivo. É um assunto que eu trato externamente, uma situação que nunca passei nem próximo, uma situação de muita tristeza, constrangimento muito grande. O mais importante é focar naquilo que minha família depende, que é o que faço com muito amor”, declarou.
Willian Bigode disse ainda que “é uma situação que não é normal, mas é uma situação que não vou falar mais. Sei do meu caráter, da minha identidade, quem eu sou, e quero me manter focado no meu trabalho” e acrescentou que “acredito que Deus estava preparando o momento certo para vir para cá, conhecer meus novos companheiros no Santos. Estou feliz e convicto de que as coisas acontecerão aqui dentro. A cabeça está ótima aqui, estou com a cabeça boa”.
No final de novembro do ano passado, a Justiça decidiu manter o bloqueio de 30% do salário de Willian Bigode para ressarcimento de Mayke, autor de uma ação contra o atacante do Santos, que é um dos sócios da agência WLJC, intermediadora dos investimentos feitos por Mayke e Gustavo Scarpa.
Em outubro, a Justiça já havia negado um pedido da defesa de Willian Bigode de tentar reverter a penhora da R$ 1,7 milhão de contas ligadas ao atleta, ocasião em que a representação do jogador tentou usar como garantia 20 quilos pedras preciosas, alexandritas, apreendidas da Xland pela Polícia Federal em julho, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.