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Walter BarrosWalter Barros

Justiça mantém bloqueio de 30% do salário de Willian Bigode para ressarcimento de Mayke, lesado pela Xland

Defesa do atacante do Fluminense tentou sem sucesso reverter penhora para garantir indenização do lateral do Palmeiras.

Justiça mantém bloqueio de 30% do salário de Willian Bigode para ressarcimento de Mayke, lesado pela Xland
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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), por meio de uma decisão recente do juiz Christopher Roisin, negou a reiteração de um pedido da defesa do atacante do Fluminense Willian Bigode, atualmente emprestado ao Athletico Paranaense. O atleta tentava reverter a penhora de 30% de seus salários como garantia de recebimento do lateral Mayke, do Palmeiras, autor de uma ação que busca um ressarcimento total de R$ 8,5 milhões após ter sido lesado pela plataforma de investimentos em criptomoedas Xland, cujo aporte foi intermediado pela agência WLJC, de propriedade de Wilian Bigode e outras duas sócias.

Em outubro, a Justiça já havia negado um pedido da defesa de Willian Bigode de tentar reverter a penhora da R$ 1,7 milhão de contas ligadas ao atleta, ocasião em que a representação do jogador tentou usar como garantia 20 quilos pedras preciosas, alexandritas, apreendidas da Xland pela Polícia Federal em julho.

Nessa segunda negativa, o juiz da 14ª Vara Cível do TJ-SP argumentou que “o réu pressupõe que as pedras são valiosas, e há fundados indícios de que não são". Christopher Roisin também fundamentou sua decisão acrescentando que:

"O réu não tem legitimidade indicar bem de outro réu ao arresto, pois esse pedido somente pode ser formulado pelo exequente. Se o exequente quiser buscar ativos financeiros de outros sujeitos passivos, o Juízo deliberará a respeito; mas o peticionante nada pode pedir nesse sentido."

O magistrado ainda alertou Willian Bigode pela insistência sobre "assuntos já apreciados e rejeitados na instância será interpretado como resistência injustificada ao andamento do processo e implicará a aplicação das penas da litigância de má-fé." 

Em nota publicada pelo GE, o advogado de Willian Bigode, Bruno Santana, alegou a utilização dos meios processuais cabíveis para a reforma da decisão e que a real devedora, a Xland, possui bens e ativos passíveis de serem arrestados como garantia.

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil, em outubro a representação de Mayke solicitou que a dívida cobrada dos réus seja atualizada de R$ 7.834.232,61 para R$ 8.514.365,64 em função de juros moratórios no valor de R$ 630.693,75.