Em decisão da 25ª Câmara de Direito Privado, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou esta semana dois recursos apresentados pela defesa do atacante do Athletico Paranaense e ex-Fluminense Willian Bigode. O atleta, a esposa dele, Loisy Siqueira, e Camila Fava, sócios da WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, respondem a uma ação movida pelo lateral do Palmeiras Mayke, que foi um dos jogadores lesados em R$ 11 milhões pela plataforma de investimento em criptomoedas Xland, aportes que teriam sido feitos por indicação da WLJC.
No primeiro indeferimento, os desembargadores Marcondes D'Angelo, Hugo Crepaldi e Carmen Lúcia da Silva negaram um agravo de instrumento que almejava aretirada da WLJC do polo passivo, decisão tomada em junho desse ano.
No segundo julgamento, a Justiça também negou outro pedido da defesa e manteve o bloqueio de R$ 1.720.897,99 de contas bancárias de Bigode e das sócias do jogador, como garantia de ressarcimento do prejuízo de Mayke na Xland, R$ 7.834.232,61.
Nesse caso, a defesa queria que as pedras preciosas da Xland fossem usadas como garantia, aproximadamente 20 quilos de alexandrita apreendidos pela Polícia Federal em julho desse ano, estimadas em R$ 2,3 bilhões. Sobre a negativa de utilização das alexandritas, Marcondes D'Angelo argumentou:
"Como já registrado em primeiro grau de jurisdição, ao que tudo indica se trata de garantia inidônea, pois adquirida em momento anterior pela Xland ao custo de apenas R$ 6 mil, apontando haver vício em sua avaliação ou ilícito quanto à sua aquisição."
Willian Bigode e suas sócias ainda podem recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em nota enviada à ESPN, assinada pelo advogado Bruno Santana, a defesa informou que respeita a decisão, mas que pretende ingressar com novo recurso. O advogado acrescentou que ainda não se iniciou o prazo para apresentação de defesa, que “restará categoricamente esclarecida e comprovada a ausência de responsabilidade da WLJC, Willian Bigode e suas sócias.”
Bigode, as sócias e a WLJC também respondem a um processo movido pelo meia Gustavo Scarpa, ex-Nottingham Forest e ex-Palmeiras, lesado em R$ 6,3 milhões na Xland, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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