Um grupo de venezuelanos abriu um processo junto ao Tribunal Federal da Flórida por terem sido enganados por um esquema pirâmide envolvendo US$ 30 milhões em criptomoedas, promovido pelo apresentador de rádio e investidor canadense Harold Seigel.

A agência de notícias de empresas e de pagamentos Pymnts.com noticiou hoje, 16 de julho, que sete venezuelanos dizem terem sido enganados com um um esquema pirâmide avaliado no equivalente a US$ 30 milhões em moedas digitais, conduzido por empresas como Eagle Financial Diamond Group Inc. e Argyle Coin. A criptomoeda envolvida na fraude seria atrelada ao diamante.

As fraudes teriam usado os fundos arrecadados para pagar antigos investidores

Eles acusam o comentarista financeiro canadense Harold Seigel, seu filho, Jonathan Seigel, e seu parceiro, Jose Angel Aman — que estaria por trás do Argyle Coin — de enganá-los com promessas de grandes retornos de investimento.

Os autores das acusações nunca teriam visto qualquer documentação indicando a alocação dos fundos investidos, nem tiveram acesso às suas carteiras cripto seguradas pelo Argyle Coin. Os operadores do esquemas de investimento fraudulento teriam usado os fundos arrecadados para reembolsar investidores em atraso. A denúncia supostamente diz:

"Os acusadores abriram esta ação para receber não apenas o dinheiro inicial do investimento, mas também os juros devidos sobre os fundos investidos, de acordo com seus contratos, e os honorários advocatícios e custos incorridos para levar adiante essa ação."

Reação da SEC dos EUA ao confirmado esquema pirâmide de criptomoeda

No fim de maio, a Comissão de Câmbio e Valores Mobiliários (Securities and Exchange Commission - SEC) dos Estados Unidos suspendeu o mensionado esquema de pirâmide cripto depois que ele sumiu com fundos avaliados em US$ 30 milhões, com Aman estando sujeito a ações legais relacionadas com a fraude. Eric I. Bustillo, diretor do Escritório Regional de Miami da SEC, disse na época:

"Como foi alegado, Aman operou uma rede complicada de empresas fraudulentas em um esforço para continuamente saquear os investidores de varejo e perpetuar os esquemas de pirâmide financeira, bem como desviar dinheiro para si mesmo."

No mesmo mês, a SEC iniciou os procedimentos legais contra Daniel Pacheco, residente na Califórnia, por operar suposto um esquema multimilionário de pirâmide cripto. A SEC acusou a Pacheco de comandar oferta fraudulenta e não registrada de títulos através de duas empresas sediadas na Califórnia, IPro Solutions LLC e IPro Network LLC, de janeiro de 2017 a março de 2018.