Resumo da notícia:
Criptomoedas sentem pânico decorrente do risco de crédito relatado por bancos regionais dos EUA.
Índice do medo dispara e reflete saídas líquidas em ETFs de Bitcoin e Ethereum, além da explosão em liquidações alavancadas de traders de criptomoedas.
Pressão vendedora derruba RSI das criptomoedas.
O mercado de criptomoedas se retraía a um market cap de US$ 3,53 trilhões (-6,4%) na manhã desta sexta-feira (17), quando o Bitcoin (BTC) recuava a US$ 106 mil (-4,5%) com retração semanal de 12,6%, dominância a 59,1%, medo dos investidores (28%) e a maioria das altcoins no vermelho.
A saída massiva de capital líquido ocorria na esteira do pânico que tomou conta dos mercados no dia anterior, quando os índices S&P 500 e Nasdaq, historicamente associados ao desempenho do Bitcoin, encerraram em respectivos 6.629,07 (-0,63%) e 22.562,54 (-0,47%). A queda ocorria na esteira de preocupações de calote levantadas em relatórios de bancos regionais dos Estados Unidos.
No desfiladeiro, o Zions Bancorporation viu suas ações derreterem 13,14% após o banco regional relatar uma perda de US$ 50 milhões no terceiro trimestre, decorrente de dois empréstimos na Califórnia. Já as ações do Western Alliance recuaram 10,81% depois de o banco informar que abriu um processo alegando que um de seus mutuários, o Cantor Group V LLC, não forneceu garantias colaterais.
Os episódios reviveram o que ocorreu no início de 2023, quando outros bancos regionais do EUA enfrentaram crise de liquidez, caso do banco amigável às criptomoedas Silvergate Bank.
O VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, encontrava-se avançado a 26,62 pontos (29%). Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em Bitcoin e em Ethereum (ETH) recuaram por respectivas saídas líquidas de US$ 536,44 milhões e US$ 56,88 milhões, segundo dados da SoSoValue.
O mapeamento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas apontava queda a US$ 149,7 bilhões (-7,2%) no Interesse Aberto e avanço a US$ 420,9 bilhões (+27,7%) no volume de negociações. Já que a liquidação de traders alavancados de criptomoedas orbitava US$ 1,18 bilhão (+114,5%) com desvantagem para os touros, pela liquidação de US$ 916,7 milhões em compradas (longs) ante US$ 268,4 milhões em posições vendidas (shorts).
A 35,46 pontos, o índice de força relativa (RSI) médio das criptomoedas indicava o aumento da pressão vendedora. O mapa de calor também destacava diversos tokens nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais sujeita à correção, estavam tokens como PAXG (stablecoin lastrada no ouro), XPIN, BAS, ZKC, DEGO, EDU, ICNT. No outro extremo, majorado e mais sujeito a reversão, estavam tokens como BCH, AAVE, OP, AVNT, OG, KAVA, ALGO, XLM, AVAX, DOGE, DEEP, TUT, COTI, IDOL, CARV, FUN.
O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado, voltava a se retrair, a 27 pontos, em sinal de saída de liquidez. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o ZEC derretia a US$ 204,29 (-14,4%), o ASTER recuava a US$ 1,09 (-14,8%), o XPL era transacionado por US$ 0,40 (-15,2%), o SPX era convertido em US$ 0,99 (-14,6%), o AERO se depreciava a US$ 0,72 (-14%), o MORPHO se retraía a US$ 1,69 (-12,9%), o MNT tombava a US$ 1,69 (-12,9%), o PAXG avançava a US$ 4.378,27 (+2,7%).
As altas de dois dígitos percentuais se encontravam em menor número. Entre elas, o ZKC orbitava 0,31 (+68,7%), o BAS chegava a US$ 0,13 (+44,7%), o KGEN estava precificado em US$ 0,44 (+32,7%), o VR alcançava US$ 0,0056 (+24,3%), o CCD se convertia em US$ 0,019 (+21,5%) e o MERL era transacionado por US$ 0,35 (+18,4%).
Entre as novas listagens estavam ZBT na MEXC, ANOME na LBank, ZORA, DOOD, ASTER e PROVE na OKX, RECALL, AKE e CLO na CoinEx, MORPHO na Huobi, DOG na BitMart, ZBT na Phemex e Binance, ZORA na Upbit, IN, DOOD e YB na Bithumb, RVV na Kucoin, Bitget e Binance Futuros.
No dia anterior, o BLESS a 360% ignorava a pressão sobre as criptomoedas e o Bitcoin a US$ 111 mil, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.