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Walter BarrosWalter Barros

Traders compram a queda do Bitcoin de olho na ‘catapulta do S&P 500’

Santiment observa crescimento das menções de compra do mergulho nas redes sociais em meio à possível impulso após o FUD.

Traders compram a queda do Bitcoin de olho na ‘catapulta do S&P 500’
Mercado

Resumo da notícia:

  • Bitcoin sente FUD do mercado acionário com declarações pessimistas de representantes de gigantes bancários de Wall Street.

  • Dissociação com S&P 500 potencializa queda do Bitcoin nos últimos dias, mas reversão do BTC também está em jogo.

  • Traders estão otimistas e compram o mergulho, apesar dos riscos de novas quedas.

Wall Street amedrontava e as liquidações cripto chegavam a US$ 1,7 bilhão na manhã desta quarta-feira (5), na esteira da queda do Bitcoin (BTC). Por outro lado, o desfiladeiro do Bitcoin nos últimos dias pode ser oportunidade de compra, segundo a Santiment.

A manutenção de saída de capital líquido do mercado de criptomoedas coincidia com a retração de índices acionários como o S&P 500 e o Nasdaq, historicamente associados ao desempenho da criptomoeda, encerrados em respectivos 6.771,55 (-1,17%) e 23.348,64 pontos (-2,04%).

O FUD (medo, incerteza e dúvida) se intensificou após declarações de gigantes bancários de Wall Street de que o mercado acionário pode ter se transformado em uma bolha prestes a explodir, amargando retrações de até 20% nos próximos dois anos.

É provável que haja uma retração de 10% a 20% nos mercados de ações em algum momento nos próximos 12 a 24 meses. As coisas sobem e depois recuam para que as pessoas possam reavaliar, declarou o CEO do Goldman Sachs, David Solomon, em participação no Global Financial Leaders’ Investment Summit em Hong Kong.

Na mesma direção, o CEO do Morgan Stanley, Ted Pick, qualificou as retrações periódicas como desenvolvimentos saudáveis e não sinais de crise.

Devemos também acolher a possibilidade de haver retrações, retrações de 10% a 15% que não são impulsionadas por algum tipo de efeito de precipício macro, declarou.

No X, a Santiment destacou que o Bitcoin se dissociou do S&P 500 nos últimos dias, contrariando uma correlação consistente desde 2022, já que o índice acionário quebrou sucessivas máximas nos últimos dias em meio à retração do BTC. Por outro lado, a plataforma de monitoramento on-chain sugeriu que o rei das criptomoedas não apresentou fraqueza estrutural para essa dissociação, o que pode representar a retomada de correlação com o S&P 500, potencializando os lucros.

De acordo com a Santiment, “a volatilidade extrema nas criptomoedas frequentemente leva a um efeito ‘elástico’, onde a capitulação dos investidores pode resultar em uma grande recuperação assim que a pressão vendedora diminui”.

Se o S&P 500 se estabilizar ou começar a subir novamente, a queda maior do Bitcoin deixa muito mais espaço para um impulso de alta. Pode haver um ambiente favorável para uma grande recuperação das criptomoedas assim que os mercados de ações dos EUA e do mundo começarem a ganhar impulso positivo novamente, explicou.

A análise acrescentou que “o recente desacoplamento entre o $BTC e o S&P 500 pode não ser um sinal de fraqueza estrutural, mas sim uma oportunidade para os investidores que podem esperar um pouco mais de queda, se necessário”.

Em outra publicação, a Santiment destacou que “a queda do Bitcoin para US$ 98,9 mil e do Ethereum para US$ 3,09 mil pode ter deixado muitos traders em pânico. Mas dados de redes sociais indicam que ainda há muitos comprando na baixa com confiança”.

Esta semana, especialistas também sugeriram que a autocustódia deve limitar queda do Bitcoin, cuja dominância, por outro lado, pode atrasar recuperação das altcoins, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Todo investimento e operação comercial envolvem riscos, e os leitores devem realizar suas próprias pesquisas antes de tomar qualquer decisão.