Resumo da notícia:
Funcionários descuidados ou terceirizados respondem por dois terços da perda de dados das organizações no Brasil e IA pode piorar a situação, indica pesquisa da Proofpoint.
Empresas precisam tratar segurança de dados como disciplina adaptativa, diz representante da empresa.
1% dos usuários respondem por 76% das ocorrências de perda de dados das organizações.
A inteligência artificial (IA) pode representar uma camada extra de riscos de perda de dados, segundo uma pesquisa recente da Proofpoint.
De acordo com a empresa de governança e cibersegurança, os erros humanos, provenientes de funcionários descuidados ou terceirizados respondem por dois terços da perda de dados das organizações no Brasil. O que pode ser agravado pela utilização indiscriminada da tecnologia.
Com base em relatos de profissionais de segurança, a pesquisa revelou que as perdas de dados estão relacionadas a usuários comprometidos em 31% dos casos e a funcionários em 24% das ocorrências.
Na avaliação do gerente nacional da Proofpoint no Brasil, Marcos Nehme, as empresas não podem mais se dar ao luxo de adotarem sistemas de defesa fragmentadas porque a IA introduz uma camada extra de riscos. Foi o que também apontou metade das empresas representadas por profissionais de segurança junto ao levantamento. Segundo eles, a IA está entre as principais preocupações relacionadas à perda de dados.
A pesquisa apontou ainda que 38% das empresas se preocupam com a utilização de dados confidenciais no treinamento de IA, enquanto 34% disseram que o acesso não supervisionado por parte dos agentes de IA representava uma ameaça crítica.
As organizações que terão sucesso são aquelas que tratam a segurança de dados como uma disciplina adaptativa — que evolui junto com a forma como as pessoas trabalham, compartilham e colaboram cada vez mais com as máquinas, disse Nehme ao Infomoney.
Para o diretor de estratégia da Proofpoint, Ryan Kalember, as ferramentas fragmentadas e a visibilidade limitada reporesentam mais vulnerabilidade às organizações.
O futuro da proteção de dados depende de soluções unificadas e baseadas em IA que compreendam o conteúdo e o contexto, se adaptem em tempo real e protejam as informações nas atividades humanas e dos agentes, acrescentou.
A Proofpoint destacou que, em nível global, 1% dos usuários respondem por 76% das ocorrências de perda de dados das organizações. No Brasil, a frequência de perdas de dados empresariais chega a nove ocorrências anuais, com registro de várias ocorrências mensais em alguns casos.
Em meio crescimento da utilização de blockchain no rastreamento da utilização de dados protegidos legalmente por direitos autorais, para treinamento de inteligência artificial, a Universal “contratou uma IA compositora”, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.