Resumo da notícia:
DCR explode 150% e segue tendência de alta de tokens de protocolos de privacidade com avanço de movimentos regulatórios dos governos.
FUD favorece capitulação de contribui para queda do Bitcoin, mas aumenta oportunidade.
RSI mantém pressão vendedora de criptomoedas.
O mercado de criptomoedas respondia por um market cap de US$ 3,45 trilhões (-3,9%) na manhã desta terça-feira (4). O Bitcoin (BTC) orbitava US$ 103,7 mil (-3,5%) com dominância elevada a 60%, medo dos investidores (27%) e a maioria das altcoins no vermelho.
Chamava a atenção o desempenho do Decred (DCR), que combina Prova de Trabalho (PoW) e de Participação (PoS) e que era trocado de mãos por US$ 51,78 (+150%).
A alta do DCR seguia a tendência de altcoins de projetos ligados à privacidade, em decorrência do avanço dos movimentos regulatórios ao redor do mundo. O que inclui taxação e rastreamento de criptomoedas por governos como o Brasil, que firmou no final de outubro um contrato de R$ 8,6 milhões para usar um sistema de rastreamento de Bitcoin e criptomoedas operado pela Polícia Federal.
Apesar da ascensão do DCR e de outras altcoins de protocolos relacionados à privacidade, o mercado de criptomoedas recuava na esteira das incertezas envolvendo e economia dos Estados Unidos, decorrente da falta de dados oficiais pelo shutdown (paralisação) de serviços do governo. Na última segunda-feira (3), dados do ISM apontaram recuo a 48,7 pontos no Índice de Gerentes de Compras (PMI) da industrial de outubro, enquanto a S&P Global apontou avanço a 52,5 pontos no período.
Em meio ao FUD (medo, incerteza e dúvida), dados da plataforma de análise on-chain Glassnode mostraram que o indicador de Lucro/Prejuízo Líquido Não Realizado (NUPL, na sigla em inglês) para detentores de curto prazo (STHs, na sigla em inglês) de Bitcoin retornou ao território de "capitulação", que é a venda no prejuízo. O NUPL analisa a rentabilidade das transações on-chain envolvendo entidades que mantêm seus ativos por até 155 dias.
A Glassnode salientou no X que, “historicamente, esses períodos de tensão e capitulação no mercado de títulos de curto prazo representam oportunidades de acumulação atraentes para investidores pacientes”.
Short-Term Holders are facing renewed pressure as recent buyers move into a loss.
— glassnode (@glassnode) November 3, 2025
Historically, such periods of STH stress and capitulation have marked attractive accumulation opportunities for patient investors.
🔗https://t.co/k6nRVZJY5H pic.twitter.com/Nf50bX0jZb
Apesar da alta do S&P 500 e do Nasdaq, encerrados em respectivos 6.851,97 (+0,17%) e 23.834,72 pontos (+0,46%) na esteira do anúncio de um acordo entre a Amazon e a OpenAI, que envolve um investimento de US$ 38 bilhões para expansão da infraestrutura de nuvem da Amazon Web Services (AWS) voltada à inteligência artificial (IA), o VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, encontrava-se avançado a 19,70 pontos (+12,9%). Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em Bitcoin em Ethereum (ETH) recuaram por respectivas saídas líquidas de US$ 186,51 milhões e US$ 135,76 milhões, segundo dados da SoSoValue.
O mapeamento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas apontava baixa a US$ 146,48 bilhões (-5,9%) no Interesse Aberto e alta a US$ 387,35 bilhões (+48,2%) no volume de negociações. Já que a liquidação de traders alavancados de criptomoedas, quase 323 mil em 24 horas, orbitava a US$ 1,32 bilhão (+130,5%) com desvantagem para os touros, já que a liquidação de posições compradas (longs) chegaram a US$ 1,17 bilhão ante US$ 151 milhões em posições vendidas (shorts).
A 39,08 pontos, o índice de força relativa (RSI) médio das criptomoedas indicava manutenção da pressão de venda. O mapa de calor também destacava diversos tokens nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais sujeita à correção, estavam tokens como DASH, ICP, ZEREBRO, ZEC, ARC, ZEN, GIGGLE, ZX, BAT, OG, XMR, MINA, BDXN, BTCDOM, A2Z, NAORIS, SCRT, ESPORTS. No outro extremo, mais sujeito a reversão, estavam tokens como BNB, SOL, ENA, WIF, EIGEN, USELESS, MORPHO, SPX, SKY, BRETT, ORDER, Q, NIL, HANA, EUL, SUPER, PROMPT, BROCCOLIF3B.
O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado, estava elevado a 27 pontos, em sinal de ligeira recuperação de terreno pelas altcoins. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o SPX derretia a US$ 0,64 (-16,6%), o MORPHO correspondia a US$ 1,64 (-13,3%), o APT representava US$ 2,76 (-11%), o WLFI se retraía a US$ 0,11 (-10%), o TAO recuava a US$ 426,30 (-9,5%), o TON estava precificado em US$ 1,98 (-9,4%), o ZEC era trocado por US$ 422,48 (+8%) e o STRK avançava a US$ 0,10 (+2%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o DASH alcançava US$ 131,24 (+52,9%), o ICP orbitava US$ 5,15 (+38%), o GIGGLE se convertia em US$ 102,91 (+72,6%), o ZEREBRO era comprado por US$ 0,054 (+33,5%), o SCRT se referenciava por US$ 0,21 (+30,6%), o ZENT valia US$ 0,0070 (+15,2%), o ZEN estava precificado em US$ 19,56 (+15%) e o XVG era transacionado por US$ 0,0077 (+14,1%).
Entre as novas listagens estava UAI na Binance Futuros, MNT na OKX, Bithumb, Phemex e LBank, BELIEVE na Bitget, ZKC na Bitkub, TYCOON e CRMC na Gate.io, SKY e A2Z na WazirX, CELR, ALCX e PIGGY na Biconomy.
No dia anterior, o Bitcoin recuava em início de semana de medo para as criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.