Resumo da notícia

  • Bitcoin cai abaixo de US$ 102 mil e testa suporte crítico.

  • ETFs registram saídas de mais de US$ 578 milhões em cinco dias.

  • Analistas veem consolidação entre US$ 98 mil e US$ 107 mil.

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Preço do Bitcoin ao Vivo

10h

Guilherme Prado, country manager da Bitget

O Bitcoin mostra sinais de estabilização após a forte correção recente, sendo negociado em torno de US$ 102.000, com leve alta nas últimas 24 horas. O movimento ocorre após uma queda de aproximadamente 8%, que tecnicamente validou uma formação de cabeça e ombros — padrão que pode sinalizar continuidade de baixa.

Por outro lado, o indicador MVRV entrou na chamada “zona de oportunidade” pela primeira vez desde março, sugerindo que uma parte relevante da pressão vendedora já pode ter sido absorvida e que o mercado se aproxima de áreas historicamente associadas à formação de fundo e fases de acumulação.

No cenário técnico, a região de US$ 100.000 segue como suporte psicológico e estrutural central. Se investidores retomarem compras nesse nível, o Bitcoin pode reagir e voltar a testar a faixa de US$ 105.000. Já uma quebra consistente abaixo desse suporte aumentaria o risco de aprofundamento da correção.

O cenário macroeconômico americano adiciona uma nova camada de preocupaçāo. O atual shutdown do governo dos Estados Unidos — o mais longo da história — e a possibilidade de novos dados negativos da economia americana podem acentuar o pessimismo dos investidores e dificultar a retomada do Bitcoin.

9h20

Marco Aurélio Moreira, CIO Vault Capital

Como analisado anteriormente, fechamentos abaixo de US$ 107 mil abririam precedentes para uma correção mais profunda, com alvos entre US$ 104 mil e desvios até US$ 100 mil – US$ 98.500. E foi exatamente o que ocorreu. O Bitcoin atingiu a mínima em US$ 98.966, mas os compradores reagiram com força, garantindo um fechamento acima de US$ 100 mil, em US$ 101.484.

A região dos US$ 100 mil se confirma, portanto, como um suporte técnico relevante e psicológico. Um fechamento abaixo desse patamar abriria espaço para novas quedas, com possíveis extensões entre US$ 96 mil e US$ 93 mil. Por outro lado, manter-se acima dessa faixa pode consolidar o fundo local e favorecer uma recuperação gradual nos próximos dias.

Nas últimas semanas, o mercado tem apresentado volatilidade elevada e movimentos rápidos, algo que não víamos há algum tempo. Esses deslocamentos intensos refletem um ambiente de alta alavancagem entre os traders, que amplifica tanto os movimentos de alta quanto os de baixa.

Durante a recente correção, ocorreu uma liquidação de aproximadamente US$ 1,7 bilhão em posições long, removendo parte significativa do excesso especulativo. Agora, o cenário se inverte: os touros encontram um terreno mais leve e propício a movimentos de recuperação, já que há grandes volumes de posições vendidas que podem ser liquidadas caso o preço volte a ganhar força.

As zonas de liquidez mais relevantes estão localizadas entre US$ 111 mil, US$ 116 mil e US$ 122 mil, onde se concentram cerca de US$ 15 bilhões em shorts. Essa concentração cria potencial para um short squeeze expressivo, capaz de acelerar a recuperação se o Bitcoin conseguir superar as resistências intermediárias e reconquistar o momentum técnico.

O mercado passa por um processo clássico de limpeza de alavancagem, seguido por uma reorganização estrutural saudável. Enquanto os US$ 100 mil foram defendidos, o cenário segue construtivo e com liquidez inclinada a favor dos compradores. Paciência e gestão continuam sendo as palavras de ordem o tempo e a liquidez farão o restante do trabalho

8h30

O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quarta-feira, 05/10/2025, está cotado em R$ 548.833,13. O preço do BTC despencou para US$ 101 mil e, se perder o suporte de US$ 100 mil a queda pode se aprofundar para US$ 95 mil.

Bitcoin análise macroeconômica

andré Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados asiáticos registraram fortes quedas nesta quarta-feira, acompanhando o sell-off de ações de tecnologia nos Estados Unidos. O movimento foi interpretado como uma correção diante de valorizações consideradas excessivas, especialmente em ações ligadas à inteligência artificial e semicondutores.

Commodities apresentaram sinais mistos, com o ouro voltando a subir e o petróleo recuando diante de temores de desaceleração da demanda global. A correção nos mercados tradicionais refletiu também no Bitcoin, que chegou a ser negociado abaixo dos US$ 100.000, sendo atualmente cotado em aproximadamente US$ 100.300.

A expectativa de curto prazo para o Bitcoin é negativa, o colapso nos mercados asiáticos, somado à valorização do dólar e do iene, aciona um movimento de risk-off que penaliza diretamente os criptoativos.

A quebra do suporte psicológico dos US$ 102.000 e o aumento da demanda por liquidez em dólar sugerem que o BTC poderá continuar em trajetória de correção, com testes na zona dos US$ 100.000 a US$ 96.000. A reversão desse cenário dependerá de uma melhora no sentimento global ou de sinais claros de intervenção monetária. Caso contrário, o BTC permanece pressionado por fluxos defensivos.

Bitcoin análise técnica

O mercado de criptomoedas viveu uma terça-feira de pânico e correção estrutural, com o Bitcoin caindo abaixo dos US$ 100 mil pela primeira vez em cinco meses. A moeda chegou a tocar US$ 99.980 antes de se recuperar parcialmente para US$ 101.600, em meio a um movimento global de aversão ao risco que afetou ações, metais e ativos digitais.

Segundo dados de mercado, as liquidações totais ultrapassaram US$ 1,3 bilhão, sendo US$ 1,113 bilhão apenas em posições compradas (longs). Esse foi um dos maiores eventos de deleverage diário desde maio de 2021, sinalizando o tamanho da pressão sobre derivativos e ETFs.

“O que vimos não foi um colapso de convicção, mas uma purga de alavancagem”, explica Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN. “A estrutura de risco ficou mais limpa e o sistema, paradoxalmente, mais saudável para um novo ciclo.”

Os ETFs de Bitcoin à vista registraram US$ 578 milhões em saídas, liderados pelo fundo iShares Bitcoin Trust (IBIT), da BlackRock, no quinto dia consecutivo de resgates. O movimento refletiu a aversão institucional ao risco, também perceptível nos US$ 219 milhões de saídas nos ETFs de Ethereum. Em contrapartida, os ETFs de Solana mantiveram o otimismo, atraindo US$ 14,83 milhões em novas entradas pelo sexto dia seguido.

Misir destaca que o contraste revela uma mudança no apetite institucional: “Os fluxos estão se deslocando para narrativas emergentes, como Solana, enquanto os grandes players realizam lucros em BTC e ETH. É uma rotação de risco típica de momentos de incerteza macroeconômica.”

O movimento também atingiu o segmento corporativo. A Sequans Communications vendeu 970 BTC de suas reservas, reduzindo a dívida líquida para US$ 94,5 milhões. Embora o volume seja simbólico, o gesto reforça o clima de desalavancagem e prudência entre empresas expostas a criptoativos.

Pancada nos derivativos e respiro nos fundamentos

Nos mercados futuros, mais de US$ 10 bilhões em open interest de BTC foram liquidados, um volume comparável apenas ao crash de maio de 2021 e à crise da FTX em 2022. O ajuste, segundo analistas, tem caráter técnico e representa um “reset estrutural” mais do que uma capitulação total.

Nos dados on-chain, titulares de curto prazo (STH) continuam sob pressão. Cerca de 30.300 BTC foram enviados às exchanges com prejuízo, enquanto o índice STH-SOPR permanece em torno de 1, mostrando falta de confiança em recuperações rápidas. Mesmo assim, os detentores de longo prazo seguem inalterados, com saldos de baleias estáveis e redução nas reservas das corretoras, sinalizando que a demanda orgânica permanece sólida.

“O mercado está fazendo o que sempre faz depois de um ciclo de euforia: eliminando o excesso de alavancagem. Isso não é o fim, é a base de um novo início”, reforça Misir.

Atualmente, os analistas veem suporte técnico forte entre US$ 98 mil e US$ 100 mil, e resistência imediata entre US$ 107 mil e US$ 110 mil. A manutenção desse intervalo depende da reversão dos fluxos negativos dos ETFs e da melhora no tom macroeconômico global.

No cenário global, o mau humor dos mercados de tecnologia intensificou a queda. O Nasdaq sofreu uma retração de 7% em empresas como Palantir e Nvidia, provocando aversão generalizada ao risco e desencadeando vendas cruzadas em criptoativos.

Nos Estados Unidos, o ambiente político e econômico ampliou a incerteza. A paralisação do governo norte-americano já dura 35 dias, igualando o recorde histórico, e as tensões eleitorais em Nova York aumentaram o desconforto dos investidores. O resultado foi uma migração para ativos de liquidez imediata, como títulos do Tesouro de curto prazo e dólar, deixando os ativos de alto beta, como o Bitcoin, mais expostos à volatilidade.

“Estamos em um típico cenário de ‘flight to liquidity’, no qual o capital busca segurança e os ativos especulativos sofrem o impacto”, analisa Misir. “A boa notícia é que, diferente de 2022, não há risco sistêmico de crédito; o que estamos vendo é uma limpeza técnica de posições exageradas.”

A China, por sua vez, tentou amenizar o pânico ao suspender 24% das tarifas sobre produtos dos EUA, o que gerou breve alívio nos mercados globais. Contudo, a postura ainda hawkish do Federal Reserve e os sinais de desaceleração no mercado de trabalho americano mantêm os investidores em modo defensivo.

Expectativas e próximos passos

Com a capitalização total do mercado cripto caindo 2,5%, para US$ 3,39 trilhões, cerca de US$ 289 bilhões evaporaram em 24 horas. As principais altcoins acompanharam o movimento: Ethereum caiu para US$ 3.300, BNB para US$ 946 e Solana recuou a US$ 157.

Misir acredita que o pior já passou. “As bases permanecem intactas. O Bitcoin ainda tem suporte estrutural em torno de US$ 100 mil, e a liquidez de longo prazo continua sólida. Enquanto houver hodlers, haverá recuperação.”

Segundo ele, o mercado tende a se estabilizar entre US$ 98 mil e US$ 107 mil nas próximas semanas, até que os ETFs retomem entradas líquidas. “A volatilidade assusta, mas é o que redefine o valor e abre oportunidades. Para quem tem disciplina, é nesses momentos que se constroem as posições vencedoras.”

Portanto, o preço do Bitcoin em 05 de novembro de 2025 é de R$ 548.833,13. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0017 BTC e R$ 1 compram 0,0000017 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 05 de novembro de 2025, são: ZSynk (ZK), Bitget Token (BGB) e Hyperliquid (HYPE), com altas de 8%, 7% e 6% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 05 de novembro de 2025, são: Dash (DASH), Decred (DCR) e Bittensor (TAO), com quedas de -30%, -21% e -12% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

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