A empresa de processamento de pagamentos Stripe anunciou na última segunda-feira (28) o início de suas atividades na América Latina e prometeu reforçar a adoção de stablecoins no Brasil através da plataforma de stablecoins Bridge, adquirida no final do ano passado.

A Stripe observou que os moradores da América Latina receberam US$ 562 bilhões  via criptomoedas entre meados de 2021 e de 2022, segundo o Relatório Geográfico das Criptomoedas de 2023 da Chainalysis. Já o lançamento da Bridge, no México, promete facilitar transferências entre “dólares, pesos e stablecoins por meio de um conjunto simples de APIs” de startups e fintechs de pagamento.

“Este lançamento é o primeiro passo de um esforço mais amplo para apoiar operações financeiras internacionais em toda a América Latina. Planejamos implementar isso no Brasil até o verão (no hemisfério norte) e no restante da América Latina em breve”, informou a empresa.

Segundo a Stripe, a integração USD, EUR, MXN e stablecoins em um único sistema, permite à Bridge efetivar liquidação mais rápida, câmbio transparente e visibilidade em tempo real – sem processos onerosos de integração com bancos locais – acelerando a expansão global e permitindo que as empresas operem perfeitamente em toda a América Latina. 

No Brasil, cujas operações podem ser iniciadas em dezembro deste ano, a chegada da Bridge pode reforçar um mercado que já ultrapassa US$ 18 bilhões em volume de negociações de stablecoins. Foi o que revelou recentemente o CFO do Bitbank, Ibiaçu Caetano, durante um painel sobre stablecoins no Webnar de Ativos Digitais, promovido pelo Blocknews com o Cantarino Brasileiro.

Segundo o membro da Associação Brasileira de Câmbio (Abracam), 3% desse volume é destinado à arbitragem e 8% ao investimento e os 89% restantes são voltados para pagamentos. 

Em outra frente, a Stripe confirmou na última semana que está desenvolvendo um novo produto de stablecoin em dólar americano para empresas sediadas fora dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Europa, em uma iniciativa que pode expandir ainda mais a presença do dólar ao redor do mundo, conforme noticiou o Cointelegraph