A startup suíça fundada por brasileiros Carrot.eco anunciou esta semana o lançamento de uma plataforma em blockchain para tokenizar toda a cadeia de resíduos orgânicos usados em um processo de compostagem.
De acordo com informações veiculadas pelo Valor, a Carrot.eco se encontra em fase de negociações com big techs dos EUA interessadas no sistema e pretende lançar em breve tokens não fungíveis (NFTs) de créditos de carbono, com pagamento de até 20% do valor adquirido, vinculados a essa cadeia de resíduos.
Segundo a empresa, a ideia é disponibilizar os tokens no mercado secundário através de marketplaces de NFTs. Nesse caso, o valor dos criptoativos será calculado pela divisão entre seus detentores dos créditos de carbono resultantes do metano e gás carbônico que deixam de ser depositados em aterros ou lançados na atmosfera.
Inicialmente a Carrot.eco deve focar suas operações nos grandes geradores de resíduos orgânicos, como indústrias alimentícias, restaurantes e supermercados, além de empresas que atuam na área de poda de árvores.
Foi o que explicou o CEO da empresa, Ian McKee, ao lembrar da existência de leis, no Brasil e no exterior, relacionadas à obrigatoriedade de contratação de empresas voltadas à destinação final de lixo por parte parte desses grandes geradores de dejetos, que acabam em lixões em muitos casos, pela não obrigatoriedade de comprovação de reciclagem.
McKee disse ainda que o sistema em blockchain, aberto e auditável, permite que os financiadores rastreiem o investimento para cada participante da rede, já que os créditos tokenizados distribuem diretamente seus valores aos diversos participantes. Segundo ele, o potencial de mercado do sistema é de US$ 500 bilhões a US$ 1 trilhão entre 10 e 15 anos.
Ele revelou que atualmente oito pátios de compostagem atuam junto à Carrot,eco e que 1.880 empresas integram o arranjo, como hotéis, bares, shoppings e indústrias, que receberão parte da venda dos NFTs de crédito de carbono.
Outra frente em franca expansão da tecnologia está vinculada à tokenização é a se securitização, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.