Embora tenha registrado algumas valorizações estratosféricas ao longo de 2021, o mercado de criptomoedas, apesar do momento de baixa e, principalmente, de incertezas em relação ao futuro, pode reservar ótimas oportunidades, porém a palavra do momento continua sendo “cautela.” Em um cenário retraído de um mercado caracterizado pela volatilidade, o ímpeto por retornos financeiros rápidos, na maioria das vezes, converte-se em perdas e frustração.

Investimentos de médio e longo prazo têm sido o caminho de diversos investidores, como o especialista em criptomoedas da EXAME Invest, Felipe Dantas, que revelou recentemente os três criptoativos em que ele está investindo, conforme publicação da Exame da última segunda-feira (14).

No mundo cripto nada é garantido, mas estou falando de projetos em que eu não me importo muito com as variações de curto prazo, porque acredito que têm potencial de crescer muito no médio e longo prazo, justificou Felipe Dantas. 

Um das apostas do especialista é a Solana (SOL), cujo crescimento da rede blockchain é maior do que a Ethereum (ETH) na visão de Felipe Dantas ao frisar o intervalo de cerca de seis anos entre os lançamentos oficiais das duas blockchains, a Ethereum em 2014 e a Solana em 2020. No rol da diferenciação da Solana, está ainda seu ecossistema que contribui para o mercado de jogos em blockchain e finanças descentralizadas (DeFi). 

Ao citar o lançamento da coleção de tokens não fungíveis (NFTs) Degenerate Ape Academy na rede Solana, esgotada em 8 minutos e com negociações de mais de US$ 69 milhões, a publicação também lembrou da contribuição da blockchain para o setor de colecionáveis digitais. 

Outra criptomoeda destacada pelo especialista foi o Fantom (FTM), cujo projeto é caracterizado pelo barateamento das transações já que a plataforma não utiliza a blockchain e sim a tecnologia DAG, de contratos inteligentes de código aberto, que possibilita rapidez nas negociações. Felipe Dantas elencou ainda a capitalização de mercado do FTM, cerca de US$ 5,2 milhões nesta terça-feira (15), e o valor total alocado no criptoativo, aproximadamente US$ 8,5 bilhões, como outros fatores para seu otimismo a médio e longo prazo. 

O Secret (SCRT) é outra criptomoeda que o investidor afirma não faltar em sua carteira digital. O que neste caso se deve à proposta de privacidade que norteia o projeto, ainda que o especialista acredite em questões regulatórias que podem afetar o criptoativo, já que o SCRT é sugestivo a transações anônimas, que podem atrair operações ilícitas. 

Hoje, se você tem acesso à minha carteira na rede Ethereum ou Bitcoin, por exemplo, consegue ver tudo que eu estou fazendo — se eu estou comprando, vendendo, fazendo transações… E essa exposição não é positiva. A Secret tem o objetivo de ter uma blockchain completamente privada. Então uma vez que você joga dinheiro dentro do ecossistema, ninguém mais consegue rastrear, argumentou.

O posicionamento de Felipe Dantas condiz com o comportamento de investidores que não precisam reaver seus aportes financeiros rapidamente, inclusive em situações relacionas à manutenção de despesas básicas. O que retrata uma das cinco dicas de um especialista para a sobrevivência durante a baixa no mercado de criptomoedas, conforme publicou o Cointelegraph Brasil. 

 

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