Degustar um bom prato, sentir um aroma ou um abraço ainda são privilégios exclusivos do mundo físico, inacessíveis aos avatares do metaverso. Mas este espaço em construção, ainda limitado a realidades visuais, pode ser apenas a porta de entrada de uma reinvenção da espécie humana. Possibilidade que se resumia a filmes de ficção científica, mas que já é uma realidade, conforme abordou um artigo publicado pela iNEWS nesta segunda-feira (14).

Um jardim no metaverso, por enquanto, não passa de uma bela imagem. Porque as flores de lá não têm cheiro, assim como não é possível um toque ou um aperto de mão. Foi por meio da limitação visual das experiências do metaverso que a publicação abordou a possibilidade da criação de uma interface entre este espaço e a conexão cérebro-computador, cujas pesquisas encontram-se em andamento pela empresa de neurotecnologia Neuralink, do bilionário Elon Musk.

Ainda que o projeto seja alvo de denúncias relativas a supostos casos de maus-tratos e, inclusive, mortes de macacos usados de cobaias nos experimentos da Neuralink, realizados pela Universidade da Califórnia, em Davis, Estados Unidos, a publicação chama a atenção para um rol de possibilidades. Em linhas gerais, a conexão entre o cérebro e o computador, poderia, em diversos casos, representar uma nova vida para muitas pessoas, para melhor. Entretanto, nem tudo poderá ser bom.

Reestabelecer a conexão entre o cérebro e o restante do corpo, interrompida por uma fratura espinhal, por exemplo, é uma possibilidade que  faz olhar o projeto da Neuralink com bons olhos já que o foco atual da iniciativa é o controle dos movimentos, o que é feito com experimentos em macacos. Por falar em olhos, o artigo ressalta a possibilidade do reestabelecimento da visão pela criação destas conexões, o que, se acontecer, será num futuro mais distante por causa da área utilizada pelo cérebro para a visão.

O que preocupa está no outro prato da balança da Neuralink, porque a conexão cérebro-computador vai permitir o transporte de vários sentidos e movimentos físicos para o metaverso, o que deverá ser fomentado pela possibilidade de a conexão ser feita por capacetes, sem a necessidade de implantes de eletrodos. 

Na prática, as experiências no metaverso poderão se tornar praticamente físicas em razão da interface entre o metaverso e a conexão cérebro-computador proposta por Elon Musk. O que resta saber é se o metaverso, substituindo o mundo real,  é realmente um novo começo para a espécie humana ou se ele representa o fim.

Ainda que se limite a experiências visuais em um primeiro momento, o metaverso já apresenta riscos, em linhas gerais ligados às informações das pessoas transportadas e mantidas neste novo mundo, conforme abordou o Cointelegraph Brasil

 

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