A Universidade Nacional de Singapura (NUS) abriu uma investigação na última terça-feira (12) após encontrar uma plataforma de mineração de criptomoedas no dormitório de um estudante. O equipamento, um rig de mineração composto por seis placas, foi descoberto em um dos apartamentos da área residencial do campus, a Utown Residence. O estudante, que não teve a identidade divulgada, operava o dispositivo com o auxílio de um pequeno ventilador, apesar da alta dissipação de calor. 

Estamos investigando este assunto e ordenamos que o equipamento seja removido para a segurança de nossos residentes, declarou um porta-voz da UTown Residence.

Na última segunda-feira (11),  a administração da NUS enviou um e-mail aos residentes informando que as plataformas de mineração são estritamente proibidas, mensagem em que a instituição anexou  a foto do dispositivo montado pelo estudante. 


    Rig de mineração foi encontrado em apartamento da  UTown Residence. Foto: Divulgação/NUS

De acordo com uma publicação da  Coconuts, o e-mail alertava para os riscos de incêndio provocados pelos dispositivos, uma vez que eles “emitiam uma dissipação de calor excepcionalmente alta”. 

Esses dispositivos consomem níveis extremamente altos de energia que podem sobrecarregar nossas placas de circuito elétrico e causar quedas de energia, dizia a mensagem. 

A instituição de ensino ainda disse que aplicará ações disciplinares contra os estudantes que não cumprirem as regras do dormitório. 

Segundo o Bitcoin Energy Consumption Index (Índice de consumo de energia Bitcoin), publicado pelo The Digiconomist’s, a transação de um Bitcoin (BTC) consome 2127,95 kWh, o que representa ao consumo médio de uma família dos Estados Unidos durante 72,94 dias. Em relação à pegada de carbono, um único BTC emite 1186,88 quilogramas de CO2, o que equivale a 2.630.546 transações com o cartão Visa ou 197.814 horas assistindo ao YouTube, segundo o documento. 

Se a mineração representa um problema na Universidade de Singapura, a atividade se transformou em arma de combate à inflação e de investimentos em infraestrutura na cidade de Sorradino, na Argentina. A iniciativa da cidade de seis mil habitantes já resultou na compra de seis placas gráficas para arrecadar fundos para atualização da infraestrutura ferroviária por meio da mineração, conforme noticiou o Cointelegraph.

 

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