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Sem receber bitcoin ou reais, clientes da Unick Forex formam Associação para pressionar Ministério Publico

Já sem esperança de receber os valores aplicados na plataforma, clientes da Unick Forex, se reúnem em Associação para pressionar o Ministério Público

Sem receber bitcoin ou reais, clientes da Unick Forex formam Associação para pressionar Ministério Publico
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Sem receber seus supostos rendimentos há mais de 8 meses e sem acesso a investigação em andamento feita pela Polícia Federal sobre a Unick Forex, clientes da empresa formaram uma Associação visando pressionar o Ministério Público sobre o caso e em busca de reaver os investimentos de seus membros.

No total a Associação de Defesa dos Direitos dos Investidores da ADDI-UNICK., já conta com mais de 250 integrantes que afirmam ter aplicado na plataforma comandada por Leidimar Lopes e que prometida a distribuição de rendimentos de até 4% ao dia por meio de supostas aplicações no mercado Forex, com Bitcoin.

Entre os pedidos da Associação é o de integrar o processo que originou a Operação Lamanai, da Polícia Federal, como denunciante. No entanto, até o momento, a Justiça vem negado a participação da ADDI-UNICK no caso alegando que o papel cabe ao Ministério Público Federal (MPF).

“Nossa intenção é ingressar com uma ação criminal a m de buscar a punição dos diretores da Unick. Após, vamos pleitear na esfera cível a reparação dos danos causados aos clientes de vários estados do País”, comentou a advogada da Associação Cristiane de Morais Menegussi.

No entanto a ADDI-UNICK não é a única associação de clientes supostamente lesados pela empresa, há também a Associação dos Consumidores prejudicados pela Unick Forex, que foi convidada pelo Deputado Federal, Lucas Redecker (PSDB-RS) para falar no Congresso Nacional sobre o caso e ajudar nos debates da regulamentação do Bitcoin no Brasil.

Como noticiou o Cointelegraph, em uma decisão, no mínimo polêmica, o Tribunal de Justiça do Amazonas, declarou que não vê resistência da Unick Forex em querer devolver os bitcoins de seus clientes, mesmo a empresa tendo sido acusada de ser uma das maiores pirâmides financeiras da história do Brasil, alvo da Operação Lamanai, ter 13 operadores presos pela Polícia Federal além de mais de R$ 200 milhões de reais bloqueados, 1500 bitcoins apreendidos, bens e veículos de luxo.

"INDEFIRO a concessão de tutela de urgência em razão de não constatar elementos, conforme Art. 300, CPC/2015 (...) não observo RESISTÊNCIA por parte da empresa Unick face a direito do autor, que seria, a devolução do dinheiro investido, considerando que a própria requerida já divulgou nota em que irá devolver os valores depositados. Por outro lado, caso este juízo concedesse a liminar a proceder com bloqueio de valores tanto do dinheiro investido como seu rendimento, iria de encontro ao divulgado pela empresa, que seja, a devolução", declarou.

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