Na manhã desta quinta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalho, o mercado de criptomoedas avançava a US$ 3 trilhões (+1,2%) enquanto o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 96,2 mil (+1,2%) com dominância de mercado a 63,5%, sentimento de neutralidade dos investidores (51%) e a maioria das principais altcoins em alta, de até dois dígitos percentuais.
A manutenção do suporte de US$ 95 mil do BTC se dava na esteira otimista do banco britânico Standard Chartered, de que a criptomoeda pode chegar a US$ 120 mil ainda no primeiro semestre. Isso porque o Bitcoin tem se consolidado como reserva de valor e atraído, inclusive, investidores com medo de uma recessão nos Estados Unidos.
O avanço discreto do mercado cripto se associava ao S&P 500, encerrado a 5.569,06 pontos (+0,15%) no dia anterior, porém na contramão do índice Nasdaq, encerrado a encerrado a 17.446,34 pontos (-0,086%). O que apontava para um comportamento difuso dos investidores em relação à retração de 0,3% no produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro semestre, pior desempenho trimestral desde 2022, segundo dados do Departamento do Comércio.
O sinal de queda na maior economia global reacendeu nos analistas a narrativa de uma recessão este ano, a uma probabilidade de 64% no momento desta edição, segundo dados da plataforma Kalshi. O que pode ser resultado da guerra tarifária promovida pelo presidente Donald Trump, que chegou a 100 dias de mandado com desaprovação em alta, em meio a narrativa pró-cripto do republicano.
Apesar da alta do Bitcoin, os investidores de criptomoedas podem esperar volatilidade após o feriado, por causa da divulgação do payroll de abril, relacionado às folhas de pagamento não agrícolas da maior economia global, na próxima sexta-feira (2). Isso porque ainda está na mesa a possibilidade de estagflação, inflação associada ao esfriamento econômico, ao desemprego. O que pode colocar na berlinda o Federal Reserve (Fed), que pode optar por injetar liquidez para reaquecer a economia e favorecer mercados como o de criptomoedas.
O Volatility Index (VIX), calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, conhecido como índice do medo, mantinha-se recuado a 23,74 pontos (-1,78%). Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) baseados em Bitcoin e de Ethereum (ETH) recuaram em respectivos líquidos US$ 56,23 milhões e US$ 2,36 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue.
O índice altseason, que mede o nível de rotação de capital para os principais tokens em capitalização de mercado, encontrava-se avançado a 17 pontos segundo dados do CoinMarketCap. Em relação às principais altcoins em capitalização de mercado, o FLOKI recuava a US$ 0,000088 (-3,2%), o XDC retornava a US$ 0,077 (-2,2%), o SEI avançava a US$ 0,22 (+8,4%), o S era trocado por US$ 0,55 (+8,4%), o HYPE estava precificado em US$ 19,99 (+8,2%), o BRETT chegava a US$ 0,067 (+7,7%) e o WIF era trocado por US$ 0,64 (+7,1%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o VIRTUAL se equiparava a US$ 1,72 (+34,4%), o CRV era negociado por US$ 0,74 (+11,1%), o AKT pareava US$ 1,70 (+21,9%), o AERO se convertia em US$ 0,73 (+20,3%), o BEAM se referenciava por US4 0,0086 (+18,8%), o CVX representava US$ 3,10 (+12%), o ORBR estava cotado a US$ 0,10 (+51,1%), o OSAK estava quantificado em US$ 0,00000013 (+25,8%), o AIXBT se convertia em US$ 0,19 (+21,9%) e o REX era negociado por US$ 0,032 (+35%).
Entre as novas listagens estavam AIXBT, PENGU, TRUMP, MELANIA, KERNEL, ANIME, AI16Z na Indodax, HAEDAL e DOLO na Binance Futuros, WLD na Coinbase e HOUSE na Bitget.
No dia anterior, o ALPACA explodiu 1.700% com mudança de taxa em perpétuos da Binance e o Bitcoin em linha, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.