O empresário português Mauro Cláudio Monteiro Loureiro, preso na semana passada pela Polícia Civil de São Paulo, seria ligado à facção criminosa Primeiro Comando da Capital e responsável pela lavagem de dinheiro do grupo. As informações são da Polícia Civil.
Segundo a polícia, os investigadores investigavam outros crimes envolvendo o PCC quando chegaram a Loureiro, depois de identificar um membro da facção que frequentava o escritório do empresário com regularidade.
No escritório, no bairro do Tatuapé, em São Paulo, a polícia encontrou computadores supostamente usados para lavagem de dinheiro com Bitcoin. O delegado Fábio Sanches Sandrini, que comandou a operação que prendeu Loureiro em Jundiaí (SP), disse em coletiva que ele era o "centro financeiro da organização".
Além de computadores usados para transferência de dinheiro e Bitcoin, ainda foram encontrados com Loureiro carros de luxo, um tijolo de cocaína que seria usado como amostragem para clientes, dinheiro, muitas armas e uma série de aeronaves usadas no transporte da droga pelo Brasil, que tinha como origem principal o Mato Grosso, com destino ao interior de São Paulo.
A polícia ainda investiga os documentos e material encontrado. O empresário disse à polícia que sua fortuna seria produto de suas atividades comerciais, entre elas a criação de um banco nos Estados Unidos que lidaria com pedras preciosas. O delegado contesta:
"Se diz empresário, mas não tem uma empresa, não tem um comércio e não trabalha."
Mauro Cláudio Loureiro está preso e vai responder por associação ao tráfico, associação criminosa e, se comprovada a partir da apuração, por lavagem de dinheiro.