A polícia de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, encontrou nesta terça-feira um laboratório clandestino na capital gaúcha que utilizaria Bitcoin (BTC) para lavar dinheiro. A informação foi publicada pelo jornal gaúcho Zero Hora (ZH) em 23 de abril.

Segundo a reportagem, o Departamento Estadual de Narcotráfico (Denarc) encontrou um laboratório de mineração de Bitcoin em uma pequena casa depois de perseguir um suspeito de tráfico de drogas. A reportagem informa que a descoberta é “algo considerado fora do comum até então no Rio Grande do Sul”.

No local, foram encontradas 25 máquinas ligadas, que funcionavam, segundo a polícia, 24 horas por dia. Também foram recolhidos hardwares e softwares “sofisticados”, com valor estimado em mais de R$ 250 mil. As máquinas, que tinham procedência chinesa, foram recolhidas para perícia, sob suspeita de contrabando.

Segundo a polícia, uma pessoa se apresentou como responsável pelos equipamentos, ressaltando que “alugou o espaço e estava minerando Bitcoin como investimento - o que não é irregular”. O suspeito foi autuado então por roubo em flagrante, pois o fornecimento de energia elétrica da casa era clandestino, diz o ZH.

O delegado responável pelo caso, Adriano Nonnenmacher, falou sobre as suspeitas das autoridades sobre o equipamento encontrado:

“É um local bem escondido, clandestino. Vamos aprofundar as investigações. Tudo indica que pode ser uma atividade de mineração de Bitcoin. Podem fazer a troca e o pagamento para distribuidores de drogas. Também há a possibilidade de estarem usando dinheiro do tráfico para usar Bitcoins”.

Como o Cointelegraph também publicou nesta quarta-feira, dois homens se declararam culpados por vender drogas por cripto e de lavagem de 2,8 milhões de Dólares nos Estados Unidos.