Um empresário de 71 anos foi detido pela Polícia Judiciária de Portugal enquanto tentava sacar dinheiro proveniente de um golpe com Bitcoin, segundo o Correio da Manhã. As investigações apontam que mais de R$ 20 milhões foram movimentados pela fraude, que inclui lavagem de dinheiro e falsificação de documentos.

O acusado detido pelas autoridades não vivia em Portugal, mas usava o país para lavar o dinheiro do golpe com Bitcoin. Investigado desde outubro de 2019, o empresário utilizou três passaportes falsos para abrir empresas no país europeu, além de movimentar contas bancárias.

No total, seis contas bancárias foram abertas pelo investigado com os documentos falsos. Segundo as autoridades, os R$ 20 milhões recebidos pelo empresário foram enviados de outros países, indicando que Portugal foi utilizado apenas para a lavagem do dinheiro.

Acusado viajava para Portugal para movimentar dinheiro

Em Portugal, a Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica (UN3CT) investigou por oito meses o empresário apontado como responsável pelo golpe, antes da prisão acontecer.

Acusado de movimentar mais de R$ 20 milhões em um esquema que envolve o Bitcoin, o homem foi detido em flagrante enquanto tentava sacar dinheiro em uma instituição bancária.

O empresário recebia dinheiro em contas jurídicas criadas por ele em bancos portugueses, que eram utilizados pelo esquema apenas para a lavagem de dinheiro, já que o acusado vivia em outro país.

Sendo que o preso também vive em um país europeu e não teve o nome divulgado pela Polícia Judiciária portuguesa. 

De acordo com a investigação, o empresário viajava para Portugal frequentemente em estadias curtas que não ultrapassavam três dias.

Documento falso usado em golpe com Bitcoin

As informações sobre a investigação do caso do empresário preso em Portugal mostra que documentos falsos foram usados para a lavagem de dinheiro.

No total, o acusado possuía três passaportes falsos que foram apreendidos pelas autoridades. Os passaportes falsificados serviram para que três empresas fossem abertas pelo criminoso detido em Portugal, entre novembro de 2019 e março de 2020.

Os documentos falsos ainda foram usados para a abertura de contas bancárias no país europeu, em busca de receber depósitos de vítimas que foram atraídas pelo negócio.

Mais de R$ 20 milhões foram enviados para as seis contas que pertenciam ao acusado preso pela Polícia Judiciária. O dinheiro arrecadado pelo investigado é resultado de um golpe com criptomoedas como o Bitcoin, segundo as autoridades.

As contas bancárias suspeitas receberam inúmeras transferências de outros países. Para a polícia, o dinheiro recebido pertence a vítimas que foram atraídas pela promessa de lucro fácil com investimentos em Bitcoin.

A prisão do homem acusado  de cometer a fraude aconteceu na última sexta-feira (5), enquanto ele tentava sacar dinheiro em um banco português. Após ser ouvido pelo Tribunal, o empresário teve a prisão preventiva decretada pela atuação no golpe com criptomoedas.

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