Se você não aguenta mais a velocidade da internet compartilhada pelo Wifi da sua residência, emprego ou dos locais públicos na sua cidade, prepare-se pois esta realidade pode mudar com o lançamento de um novo padrão de conectividade que já vem sendo desenvolvido por empresas chinesas, como Huawei e americanas como a Qualcomm, o Wi-Fi 7, que promete conexões de até 30 GB por segundo e já estará 'preparado' para a revolução 5G.
Como vem noticiando o Cointelegraph, muitos especialistas têm salientado como o 5G pode ser a pedra fundamental a impulsionar aplicações IoT e como blockchain será a espinha dorsal deste novo tipo de conectividade, porém para o efetivo estabelecimento das conexões entre os dispositivos também será preciso que a internet compartilhada entre eles tenha capacidade para escalabilidade e, para isso, já há no mercado roteadores habilitados com o Wi-Fi 6.
Porém, especialistas em novas tecnologias nos principais centros de desenvolvimento do mundo, acreditam que a sociedade estará cada vez mais interligada e conectada também não só com dispositivos de baixa latência, que são a grande promessa do 5G habilitando IoT, mas também no recebimento de dados mais 'robustos' como streaming de vídeos, teleconferências, entre outros.
Para isso, há a necessidade de uma rede de compartilhamento de conectividade que suporte estes dados com maior alcance e menos problemas com o congestionamento do tráfego. A mudança virá em uma série de etapas, começando com melhorias no Wi-Fi 6, que lançam as bases para a chegada prevista do Wi-Fi 7 em 2024.
"Você chegará ao ponto em que a conexão sem fio é mais rápida do que com fio", disse VK Jones, vice-presidente de tecnologia da Qualcomm.
A transição dos atuais padrões de conectividade via Wi-Fi se dá por um processo de “três fases”, sendo que a primeira melhoria esperada dará ao Wi-Fi 6 mais capacidade, com novas ondas de rádio que os governos dos EUA e da Europa provavelmente abrirão para transmissão de rádio no próximo ano.
Segundo, uma atualização para o Wi-Fi 6 em 2022 deve melhorar sua velocidade, especialmente para pessoas que enviam dados como vídeos de telefones ou PCs. Terceiro, e talvez o mais interessante, é uma coleção de atualizações de Wi-Fi esperadas para 2024 e ainda conhecidas apenas por seu nome técnico 802.11be.
Para comparação, testes atuais mostram que o Wi-Fi 6 oferece um máximo de 1,3 Gbps e mesmo assim ainda há latência em operações que exigem mais processamento gráfico como jogos. Já o Wi-Fi 7, possui testes que revelam conectividade de até 30 GBps.
Entre os recursos que a estreia do Wi-Fi 7 deve proporcionar está a utilização da tecnologia CMU-MIMO, capaz de suportar até 16 canais de dados, o dobro da MU-MIMO, introduzida pelo WiFi 6.
Dessa forma, além de garantir uma transmissão estável para mais dispositivos conectados ao mesmo tempo, também terá suporte a faixa de frequência de 6 GHz, levando o Wi-Fi a uma nova era de alto desempenho, com streaming em maior qualidade, downloads em questão de segundos e transferência de arquivos na nuvem com maior velocidade e estabilidade no upload.
Contudo, há problemas de interferência a serem resolvidos nas bandas de frequência de 6 GHz até que o Wi-Fi 7 chegue ao mercado, como permitir que a mesma funcione em paralelo com os já conhecidos 2,4GHz (mais distância com menos velocidade) e 5 GHz (mais velocidade com menos distância).
Além disso, é esperado que o Wi-Fi 7 traga o novo método de modulação de sinal 4096-QAM, que promete atingir velocidades de até 30 gigabits por segundo (Gbps), três vezes mais que a taxa máxima de 9.6Gbps do Wi-Fi 6. Ainda há muito tempo até lá, mas com o crescente número de dispositivos conectados em casa e nos ambientes de trabalho, pode ser que nos próximos 5 anos o Wi-Fi 6 esteja mais maduro e o Wi-Fi 7 em estágio de implementação.
A mudança entre os padrões de conectividade também envolve uma mudança de equipamentos que não poderão ser simplesmente atualizados, contudo, esta transformação total tem o potencial de impulsionar as aplicações em blockchain, como vem mostrando especialistas.
“Blockchain será o elo de conectividade entre as diferentes interfaces de conexão, aparelhos e empresas de tecnologia que temos hoje. Sem blockchain 5G, Wi-Fi 6 e IoT não poderão aproveitar seu potencial como um todo”, declarou Da Hongfei, fundador da NEO.
Com noticiou o Cointelegraph, segundo Hongfei a tecnologia blockchain alinhada com IoT e 5G gerará cerca de US$ 3 trilhões em novos negócios superando Facebook, Amazon, Alibaba, Netflix e Google.
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