Se você olha todo dia a cotação do Bitcoin e das criptomoedas e fica se perguntando quando vai conseguir sobrar um dinheiro no fim do mês para investir em BTC, talvez este texto seja para você.

Desde que o Bitcoin começou uma alta meteórica no final do ano passado, o Cointelegraph tem recebido muitos comentários de brasileiros querendo saber mais sobre BTC e criptoativos.

E junto com tantas mensagens há a de muitos brasileiros lamentando que não seria possível comprar Bitcoin porque, no final do mês, não sobra nem uma notinha de R$ 2 conto para colorir de azul a carteira ou mudar a cor do saldo da conta bancária de vermelho para verde.

Mas, mesmo com tantas responsabilidades financeiras no dia a dia que geram contas inevitáveis, ainda assim é possível guardar uma graninha no final do mês e, porque não, usar esse dinheiro para comprar Bitcoin.

O Cointelegraph conversou com Victor Loyola, sócio e coCEO da fintech ConsigaMais+, para mostrar que é possível se organizar e colocar em prática o tão desejado sonho de guardar dinheiro.

Loyola é formado em Engenharia Elétrica pela UNICAMP, possui pós-graduação em Administração de Empresas pela FGV e MBA em Internacional Management pela Thunderbird School of Global Management.

Possui mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro e serviços de informação, além de diversas experiências internacionais em cargos de liderança. Foi vice-presidente de Pessoa Jurídica e PME na Seresa Experian.

Loyola deu algumas dicas que ele considera infalíveis e que podem ajudar os brasileiros a guardar dinheiro e se tornarem novos investidores.

Dicas de Victor Loyola para guardar dinheiro

1) Priorize suas despesas 

Evite todos os gastos extras que podem comprometer o orçamento. Para que isso não aconteça, estabeleça um limite do que você pode gastar por mês e pesquise bem antes de fazer qualquer aquisição. 

2) Cuidado com o cartão de crédito 

Já parou para pensar que o cartão de crédito nada mais é do que uma falsa ilusão de que temos dinheiro? 

O limite do cartão é sempre maior do que nosso salário, o que, num primeiro momento, causa até certo alívio. Mas aí a fatura vem e pega muita gente de surpresa. Isso acontece porque a maioria das pessoas utiliza o cartão de crédito para pagar despesas do dia a dia e contas muito pequenas, como um cafezinho, por exemplo. 

O ideal é usar o cartão apenas para pagar valores altos, que precisamos parcelar. Pense o seguinte: para que deixar para pagar o cafezinho só no mês que vem se você já o consumiu? Faz mais sentido pagar prestações de uma geladeira, por exemplo, um bem que vai durar por muito tempo, até mesmo depois de pagar todas as parcelas. 

E no parcelado, todo cuidado é pouco. Quando se menos espera, você pode ter seu limite comprometido por muito tempo com os parcelados e isso vai gerar dificuldades para que pague a fatura integral. Jamais entre no rotativo do cartão!

O recomendado é trocar o cartão de crédito pelo débito ou até mesmo por dinheiro vivo. Você tem ideia do quanto gasta em uma semana? Se toda sua despesa fica em R$ 300, a melhor opção é sacar esse dinheiro. Assim você gasta apenas o necessário e consegue ter uma ideia mais real sobre seus gastos ao ver o dinheiro, literalmente, indo embora.

3) Entenda seus gastos 

Ao deixar de usar o cartão de crédito para pagar qualquer coisa fica muito mais fácil entender para onde seu dinheiro está indo. 

Se você não consegue anotar todos os gastos em uma planilha nem guardar o recibo das compras que faz no débito, pelo menos tente anotar suas principais despesas, aquelas que aparecem todo mês. 

É necessário ter na ponta do lápis gastos com alimentação, combustível, contas de luz, aluguel (se for o caso) e outras parcelas fixas do mês. A soma desses gastos é o valor que será debitado da sua conta, ou seja, parte do seu orçamento já está comprometido e tem destino certo. O que sobrar desse valor é o que você pode gastar com lazer: sair com os amigos, comprar aquele produto que tanto queria ou investir. 

Caso o orçamento esteja apertado, aprenda a dizer não! Talvez esse não seja o momento ideal para comprar mais um par de tênis ou sair para comer fora no fim de semana. 

4) Guarde o que sobrar 

Muitas pessoas têm aquela ambição de conseguir poupar bastante no final do mês, mas aí percebem que gastaram mais do que deveriam e acabam não guardando nada. 

Mesmo que não tenha atingido a meta de guardar R$ 200, por exemplo, tente colocar na poupança ou em algum fundo de investimento pelo menos um pouco. Assim, além de aprimorar sua educação financeira, você cria uma reserva de emergência, que defenda seu orçamento de imprevistos. 

5) Se precisar de empréstimo, opte pelo crédito consignado

Economizando ou não, imprevistos podem acontecer. E se você precisar de dinheiro, nem pense em usar o cartão de crédito como muleta! O rotativo do cartão de crédito possui a maior taxa de juros do mercado e, ao invés de solucionar o problema, aumenta ainda mais a dívida. 

A melhor opção para quem precisa de dinheiro é a modalidade de crédito consignado. Além de possuir taxas bem menores do que as do cartão de crédito, o consignado é descontado diretamente da folha de pagamento. Assim, o devedor sabe exatamente quanto de seu orçamento está comprometido, sem se deparar com surpresas no fim do mês.

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