Os bancos Itaú de BTG Pactual, duas das maiores instituições financeiras do país, anunciaram esta semana que executaram as primeiras transferências interbancárias do piloto do Drex, a versão brasileira de moeda digital emitida por banco central (CBDC, na sigla em inglês).
Segundo uma publicação desta quinta-feira (31) do Valor, as empresas, que estão entre os 16 consórcios escolhidos em maio pelo Banco Central (BC) para os primeiros testes envolvendo o “Real Digital”, já constituíram seus nós validadores do protocolo de prova de permissão Hyperledger Besu, livro-razão distribuído e imutável (DLT, na sigla em inglês) escolhido pela autoridade monetária.
As duas transações, uma transferência de reservas em Drex do BTG para o Itaú sucedida da operação inversa, aconteceram em menos de cinco segundos de acordo como o chefe da Itaú Digital Assets, Guto Antunes. Ele acrescentou que a operação representou a  primeira troca na camada interbancária da CBDC.
O que foi possível pela possibilidade de interação na rede sem que todos os nós estejam instalados, conforme observou o chefe da Digital Assets do BTG, André Portilho. Isso porque nem todos os consórcios estão com seus nós configurados na rede, o que deve acontecer até o próximo dia 3 de novembro, novo prazo estipulado pelo BC. Um mês antes da previsão de início da emissão de protótipos de Drex, no dia 4 de dezembro. 
Em linhas gerais um dos motivos do adiamento está relacionado à questão de escalabilidade da rede em um país do tamanho do Brasil e da população de mais de 200 milhões de habitantes, além da não configuração de nós de alguns consorciados.Outra questão está relacionada à adequação da rede à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
No início de agosto, o consórcio formado pelas cooperativas financeiras Sicoob, Sicredi, Ailos, Cresol e Unicred anunciou suas primeiras emissões de Drex, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.