O Banco Itaú e a Genial Investimentos saíram 'na frente' do DREX e já vão iniciar a venda de tokens RWA para seus clientes. No caso do Itaú, as vendas serão feitas para os usuários do Itaú Private Bank na Itaú Corretora e, os clientes da Genial podem acessar as ofertas diretamente pelo Home Broker.

Os tokens RWA são da BEE4, mercado de ações tokenizadas que foi autorizado a operar dentro do Sandbox regulatório da CVM. A empresa divulgou recentemente uma colaboração com as instituições financeiras, que também estarão envolvidas na distribuição de ações das futuras ofertas públicas iniciais (IPO) de pequenas e médias empresas na BEE4.

Fernando Beyruti, chefe global do Itaú Private Bank, destacou que essa parceria aproxima o banco das novas tendências de investimento, especialmente entre as gerações mais jovens. Já Lucas Gianesi, da Genial, ressaltou que a BEE4 oferece uma alternativa para empresas que ainda não têm porte suficiente para listar suas ações na B3, mas que buscam capital para crescer.

Atualmente a BEE4 já conta com quatro empresas listadas: a Engravida, focada em reprodução assistida; a Mais Mu, snacks saudáveis; a Plamev Pet, operadora de plano de saúde para pets; e a Eletron Energia, que atua no mercado de energia. A BEE4 planeja listar mais de 100 empresas até 2027, movimentando entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões em novas operações.

A cofundadora e CEO da BEE4, Patrícia Stille, destacou que a empresa não apenas viabilizou a listagem de companhias menores, mas também foi pioneira na negociação de ações tokenizadas no Brasil.

Drex

Enquanto as empresas e bancos avançam com o mercado de tokenização no Brasil, o Banco Central (BC) anunciou que os testes dos 13 projetos selecionados para a segunda fase do Drex já serão realizados em outubro. Segundo informou o BC, nesta segunda fase, serão avaliados diferentes casos de uso, inclusive ativos não regulados pelo BC.

"Para isso, estamos trabalhando em conjunto com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Outros reguladores também demonstraram interesse em testes de operações com ativos de sua competência, de modo a ampliar a usabilidade da plataforma", explicou Fabio Araújo, Coordenador da Iniciativa do Drex e Consultor do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamento (Deban) do BC.

Atualmente, o Piloto Drex conta com a participação de dezesseis consórcios ou empresas, todos engajados nos testes e no desenvolvimento dos recursos necessários à operação da plataforma.

Araújo avisou que o desenvolvimento dos temas deverá ser iniciado nas próximas semanas, em ambiente específico para cada um, onde reguladores e participantes poderão discutir a melhor estratégia de implementação e a governança dos novos serviços, além de avaliar a interação das soluções de privacidade disponíveis com a implementação do tema proposto.

Ainda em 2024, o BC receberá novas propostas de candidatura de entidades interessadas em participar do Piloto Drex. Os selecionados deverão testar a implementação de contratos inteligentes até o fim do primeiro semestre de 2025. Solana pode atingir US$ 330 e alcançar 50% do valor de mercado do ETH, diz pesquisa da VanEck.

Márlyson Silva, CEO da Transfero, disse ao Cointelegraph que os 13 testes práticos vão dar um norte importante para que o Banco Central entenda as falhas e as melhorias necessárias em cada projeto, além de conseguir priorizar as aplicações que melhor funcionaram nesse momento, talvez pensando em um lançamento faseado do Drex.

"Uma das melhores notícias que tivemos recentemente foi o adiamento do lançamento do Drex para a realização dessa segunda etapa de testes. Como é um projeto que pode ser revolucionário não só no Brasil, mas em toda a América Latina, como o que aconteceu com o Pix, é fundamental que o BACEN tenha essa cautela antes de lançar qualquer coisa.

E como foi um processo transparente desde o início, acredito que vamos acompanhar os resultados de cada teste, tornando todo o projeto muito mais seguro antes da sua implementação", disse.