A tecnologia blockchain continua apresentando avanços no Brasil. Em uma das iniciativas recentes, o hub nacional da Internet Computer no Brasil (ICP), uma blockchain projetada para habilitar os serviços de internet, sistemas empresariais, finanças descentralizadas (DeFi) e aplicativos descentralizados (DApps), iniciou um programa educativo junto a escolas e universidades do país. Por sua vez, o governo do Estado de São Paulo incorporou a tecnologia na última semana em serviços de transferência de veículos do Detran-SP.

Em relação à iniciativa da ICP, o programa teve início em fevereiro nas redes sociais e também no Colégio Uirapuru em Sorocaba (SP). O que proporcionou aos alunos uma experiência de conhecimento sobre blockchain ao oferecer discussões sobre a tecnologia e suas aplicações, de forma simples, dinâmica e imersiva. Além disso, a discussão demonstrou a importância de se envolver em projetos tecnológicos que estão ditando as tendências profissionais a partir de agora, segundo informou o hub brasileiro. 

Divulgação: ICP Brasil

À frente do projeto no Brasil está João Kury, cofundador e líder da Modular Crypto, que desenvolveu o roadmap (roteiro) e a proposta de fomento da comunidade da ICP no Brasil, criando um ponto de encontro com a comunidade cripto brasileira e um projeto blockchain internacional.

O tema que envolve as aulas é “Introdução à tecnologia Blockchain e oportunidades no ecossistema”, e tem à frente da iniciativa os professores Eduardo Guariglia e Henrique Kopke. 

De acordo com a ICP, a ideia do hub no Brasil é engajar a comunidade, promover e desenvolver novos talentos, além de reforçar como a blockchain da Internet Computer está transformando o mundo com sua eficiência e atuação distinta. Ao trazer a realidade do ecossistema para o ambiente da educação, os especialistas acreditam que é uma oportunidade ímpar para agregar conhecimentos e, principalmente, aproximar a blockchain das pessoas que ainda não estão familiarizadas com a tecnologia e suas infinitas possibilidades.

A ICP Brasil acrescentou que outras instituições também serão contempladas pela iniciativa, como a Unesp, UFSCAR, UFRJ, escolas técnicas vinculadas ao Centro Paula Souza, Athom, Unip, Fatec, entre outras nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte-MG, Sorocaba-SP, Tatuí-SP e Itu-SP.

Em relação às transferências de veículos realizadas com uso de blockchain, a informação não foi divulgada pelo comunicado oficial do governo do estado de São Paulo, que mencionou apenas a utilização de novas tecnologias nos processos de compra e venda de veículos. Porém, a empresa estadual de tecnologia da informação (Prodesp) confirmou que a empresa estatal incorporou a blockchain em seu aplicativo voltado às transferências, sem dar detalhes sobre a plataforma.

Segundo a Prodesp a blockchain vai encurtar para cinco minutos o prazo que levava em média 10 dias úteis para efetivação das transferências, além de evitar etapas presenciais das transações, como comparecimento em cartórios. 

A incorporação da blockchain nas transferências efetuadas pelo Detran-SP se encontra na primeira de três fases, nesse caso entre compradores e vendedores pessoas físicas. A segunda fase inclui pessoas jurídicas e a terceira fase passará a permitir que proprietários de veículos fabricados antes de 2021 possam converter previamente o documento para a blockchain antes de usar o aplicativo.

A blockchain também reduz burocracia, corrupção e aumenta confiança das pessoas nos serviços públicos, apontou uma pesquisa divulgada nos últimos dias, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.