Um grupo hacker que atende pelo nome de @DigitalSp4c3 afirmou que invadiu o banco de dados do Exército do Brasil e que encontrou informações sigilosas na qual os militares estariam financiando manifestações em defesa do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o grupo, cerca de R$ 3 milhões seriam usados para locação de estruturas destinada a realização de eventos em favor do presidente.

No entanto, assim que descoberta pela imprensa, a medida foi revogada pelo comando do Exército.

"Se isso [a licitação] não fosse exposto, eles teriam prosseguido como algo normal. Se ocorreu de forma oculta e foi cancelado assim que exposto, imagine o que eles fazem às escondidas e que ainda não foi divulgado? Fizemos isso [a invasão] combatendo os erros do atual governo e do Exército", disse um dos envolvidos ao Techmundo.

O grupo afirma que teria realizado o ataque virtual nos servidores do exército como retaliação as declarações e descaso do Presidente com relação ao avanço do coronavírus no país.

Dados negociados com Bitcoin

Visando provar que realmente tem acesso a arquivos sensíveis do exército nacional, os hacker divulgar uma parte das supostas informações obtidas.

No entanto, o restante do material está disponível para compra com Bitcoin, porém não foi informado detalhes e nem valores.

O grupo afirma ter dados de 200 mil militares, entre os dados há e-mails, nomes, contas bancárias, títulos de eleitor e número de telefone.

 

Os hackers afirmaram ainda que há muitas outras informações sensíveis sobre a atuação de funcionários do Exercito brasileiro que o grupo promete expor.

O exercito não se manifestou sobre o caso até o momento.

Bolsonaro impediu Exército de usar blockchain

Como noticiou o Cointelegraph, o Comando Logístico do Exército (COLOG) teve revogo, pelo presidente, as portarias COLOG 46, 60 e 61, que estabeleciam a criação de uma Rede em Blockchain para o rastreamento de armas, munições e demais itens controlados pelo Exército.

Segundo a publicação, todos os que atuam com PCE deveriam usar a tecnologia para registrar todas as movimentações da cadeia de produção e movimentações do produto, possibilitando a garantia da autenticidade e da integridade das informações e para permitir a autenticação das operações com PCE.

No entanto, apesar do presidente revogar as portarias do COLOG que determinavam o uso de blockchain no rastreamento de armamentos no Brasil o Presidente publicou um Decreto em 29 de abril no qual determina a criação de uma Rede Nacional de Blockchain, dentro da estratégia de Governo Digital e que deve estar operacional até 2022.

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