Um grupo hacker que atende pelo nome de @DigitalSp4c3 afirmou que invadiu o banco de dados do Exército do Brasil e que encontrou informações sigilosas na qual os militares estariam financiando manifestações em defesa do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o grupo, cerca de R$ 3 milhões seriam usados para locação de estruturas destinada a realização de eventos em favor do presidente.
No entanto, assim que descoberta pela imprensa, a medida foi revogada pelo comando do Exército.
"Se isso [a licitação] não fosse exposto, eles teriam prosseguido como algo normal. Se ocorreu de forma oculta e foi cancelado assim que exposto, imagine o que eles fazem às escondidas e que ainda não foi divulgado? Fizemos isso [a invasão] combatendo os erros do atual governo e do Exército", disse um dos envolvidos ao Techmundo.
O grupo afirma que teria realizado o ataque virtual nos servidores do exército como retaliação as declarações e descaso do Presidente com relação ao avanço do coronavírus no país.
Saudações @exercitooficial e @govbr,
— Digital Space (@DigitalSp4c3) May 10, 2020
Queremos de vocês responsabilidade, seriedade em meio esse caos que vocês estão ajudando a promover e não 3 milhões para incentivo de uma mega aglomeração. Temos mais de 200k dados de soldados.
http://13.68.129.207/leaks/eb/#EBLeak pic.twitter.com/Ht5O4SVrFf
Dados negociados com Bitcoin
Visando provar que realmente tem acesso a arquivos sensíveis do exército nacional, os hacker divulgar uma parte das supostas informações obtidas.
No entanto, o restante do material está disponível para compra com Bitcoin, porém não foi informado detalhes e nem valores.
O grupo afirma ter dados de 200 mil militares, entre os dados há e-mails, nomes, contas bancárias, títulos de eleitor e número de telefone.
Os hackers afirmaram ainda que há muitas outras informações sensíveis sobre a atuação de funcionários do Exercito brasileiro que o grupo promete expor.
O exercito não se manifestou sobre o caso até o momento.
Bolsonaro impediu Exército de usar blockchain
Como noticiou o Cointelegraph, o Comando Logístico do Exército (COLOG) teve revogo, pelo presidente, as portarias COLOG 46, 60 e 61, que estabeleciam a criação de uma Rede em Blockchain para o rastreamento de armas, munições e demais itens controlados pelo Exército.
Segundo a publicação, todos os que atuam com PCE deveriam usar a tecnologia para registrar todas as movimentações da cadeia de produção e movimentações do produto, possibilitando a garantia da autenticidade e da integridade das informações e para permitir a autenticação das operações com PCE.
No entanto, apesar do presidente revogar as portarias do COLOG que determinavam o uso de blockchain no rastreamento de armamentos no Brasil o Presidente publicou um Decreto em 29 de abril no qual determina a criação de uma Rede Nacional de Blockchain, dentro da estratégia de Governo Digital e que deve estar operacional até 2022.
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