Uma publicação do tecnoblog da última terça-feira (1) revelou que o pacote de 223 milhões de dados supostamente vazados da central de atendimento ao cidadão do estado de São Paulo, o PoupaTempo, pode já ter rendido até US$ 5 milhões ao hacker invasor. 

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil, em 17 de março do ano passado, dois dias após a notícia do suposto vazamento, um hacker teria sido identificado vendendo os 223 milhões de registros, supostamente do PoupaTempo, em um fórum na Dark Web, pedindo Bitcoin (BTC) como pagamento. Na ocasião, A Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) negou o vazamento. 

Os 223 milhões de registros, porém, não correspondem a 223 milhões de pessoas – o estado de São Paulo tem 44 milhões de habitantes. Cada tipo de dado corresponde a um registro, seja nome, CPF, endereço ou outro.

De acordo com o tecnoblog, a empresa de cibersegurança Kzarka teria confirmado o rastreamento de diversas carteiras de criptomoedas utilizadas pelo hacker ‘vendedor’ do megavazamento. Segundo um investigador da empresa, identificado pelo pseudônimo Gwin:

A gente rastreou as criptomoedas relacionados ao vazamento, e tem dados de carteira que são certamente do hacker; é 100% de certeza que elas realmente são da pessoa

Os números, segundo a publicação, representam US$ 250 mil movimentados pelo invasor e outro montante entre US$ 4 milhões e US$ 5 milhões, cujas carteiras rastreadas têm mais de 70% de chance de pertencerem ao mesmo hacker. 

Segundo a matéria, a Kzarka teria afirmado que enviou o relatório com as movimentações do hacker para a Polícia Civil de São Paulo, mas não teria obtido retorno. 

As movimentações dos hackers, em muitos casos, precisam ser monitoradas por anos, porque eles sabem que a chance de serem descobertos diminui com o passar do tempo, a menos que haja alguém em seus encalços. Foi o que aconteceu nesta terça-feira, quando uma parte dos Bitcoins inativos (BTC) roubados no hack da exchange Bitfinex em 2016 passou das carteiras do hacker para uma carteira desconhecida. Movimentação que foi detectada pelo bot de análises de blockchain Whale Alerts, conforme noticiou o Cointelegraph
 

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