O gestor do fundo brasileiro de Bitcoin e outras criptomoedas BLP, Glauco Cavalcanti, disse em entrevista ao Valor Investe que 2019 foi um bom ano para o setor cripto, com avanços no ecossistema, na regulação e na tecnologia globais.
O Valor Investe analisou fundos de investimento "alternativo", ou seja, fora do mercado financeiro tradicional. Além de dois fundos de criptomoedas, a matéria também avaliou o desempenho de fundos brasileiros baseados em maconha, ouro, pecuária e ações globais.
Os fundos criptos analisados foram o BLP Criptoativos FIM - que caiu 2,23% em novembro mas acumula ganhos de 13,48% - e o Hashdex Digital Assets Recovery - que foi lançado em julho e perdeu 1,86% em novembro.
Glauco Cavalcanti, do BLP, diz na matéria que apesar da proliferação de pirâmides financeiras, o ecossistema global das criptomoedas se fortaleceu:
"Houve avanços de regulação e de tecnologia. Os futuros de criptos começaram a operar, custodiantes entraram no mercado – nós mesmos terceirizamos nossa custódia para a CoinBase, nos EUA. Não houve grandes ataques hackers, e a volatilidade está caindo. Foi um ano bom, melhor que 2018, que foi um desastre e machucou muita gente que só vai voltar aos poucos"
Além disso, ele diz que os investidores interessados neste mercado devem "torcer por um 2020 em que funções e utilidades se aprimorem para atrair também os institucionais". A entrada de grandes players institucionais como investidores do setor cripto é um dos fatores-chave para a maturação do mercado e diminuição da volatilidade, segundo especialistas.
Entre os fundos analisados pela matéria, os fundos de ouro se destacam, com crescimento de até 28%, caso do fundo Órama Ouro FIM. O fundo Argumento ARG, baseado em investimentos em pecuária, subiu 9,29% em 2019, e o Canvas Vector FIC, de ações globais, tem ótimo crescimento de 24,84%.
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