Na última sexta-feira (29, o especialista em criptomoedas Dave The Wave sugeriu que o Bitcoin (BTC) pode atingir US$ 180 mil em 2025. Enquanto isso, a Moodys atualizou, para baixo, sua perspectiva de crescimento macroeconômico. O que pode resvalar no BTC.
No X, Dave The Wave disse que o BTC deve se manter em um canal ascendente e dentro das cinco ondas de alta de Elliot, em um “sinal clássico de impulso”, indicando a possibilidade de enfrentamento da resistência de US$ 180 mil, até o final do ano.
#btc classic impulse move up. pic.twitter.com/bJuQQGX8Uo
— dave the wave🌊🌓 (@davthewave) August 29, 2025
Em outra postagem, o pseudônimo observou que o BTC encontrou suporte em US$ 107 mil, o que representa, segundo ele, uma correção natural, de até 30%, dentro do movimento ascendente.
Agitação do #btc antes do rompimento. Duas semanas atrás [o que é um longo período no mundo do BTC, quando o BTC estava em 117 mil], previ vários níveis de queda que criariam alarme no mercado. No sistema "DEFCON" que usei, o alarme técnico real não deveria começar a ser registrado até que os 100 mil fossem rompidos... enquanto eu previ que o mercado ficaria muito nervoso, senão em pânico, bem antes desse nível ser atingido [a sacudida], disse.
Na contramão da euforia de Dave The Wave, a Moody’s emitiu uma atualização do relatório de agosto da agência. Segundo a projeção, a economia global continuará desacelerando em 2025 e 2026, à medida que os países assimilam mudanças significativas em políticas comerciais, fiscais, monetárias e de imigração. Embora a incerteza comercial tenha diminuído desde abril, ela continuará elevada até que o novo regime tarifário global se consolide, impactando decisões empresariais, de acordo com a Moody’s.
A agência projeta que o crescimento global desacelerará de 2,9% em 2024 para 2,4% em 2025 e 2026. As revisões das previsões refletem mais a volatilidade dos dados do que uma resiliência econômica frente às mudanças comerciais.
A intensidade da desaceleração dependerá do alcance cumulativo das tarifas dos EUA. Em agosto, acordos comerciais cobrindo cerca de dois terços das importações norte-americanas trouxeram alguma previsibilidade. A Moody’s estima que tarifas mais altas representarão um imposto sobre vendas equivalente a cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, pressionando margens empresariais em meio à demanda enfraquecida.
Diversos bancos centrais devem seguir com políticas monetárias mais flexíveis. O Federal Reserve (Fed) deve retomar cortes de juros em setembro, com a taxa Fed Funds podendo cair para entre 3,25% e 3,50% até 2026. O Banco da Inglaterra reduz juros gradualmente, enquanto o Banco Central Europeu se aproxima do fim do ciclo de cortes. O Banco Popular da China manterá postura de estímulo, e o Banco do Japão deve elevar gradualmente os juros até 1,0% em meados de 2026.
Nos EUA, o crescimento permanece fraco, com média de 1,4% no primeiro semestre de 2025. Indicadores de consumo e investimento apontam para uma economia em desaceleração, pressionada por incertezas comerciais, demissões no governo federal e outros choques de política. Apesar disso, cortes de juros e impostos, além de compromissos de investimento, podem representar riscos positivos à projeção.
Na China, o crescimento será adiado por um ambiente externo desafiador e demanda interna fraca. O PIB real cresceu 5,2% no segundo trimestre, impulsionado por exportações e estímulos. A previsão para 2025 foi elevada para 4,7%, mas espera-se desaceleração para 4% em 2026, diante de dificuldades no consumo doméstico e persistência de tarifas dos EUA sobre produtos chineses.
Em uma análise semelhante à de Dave The Wave, Pentoshi e Michael van de Poppe apostam que a Solana mira US$ 250 e que o voo das altcoins deve chegar a 2027, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.