Os investidores brasileiros aportaram US$ 1,6 milhão, R$ 8,7 milhões, em fundos de criptomoedas no acumulado semanal da última sexta-feira (29), quando os aportes globais avançaram em líquidos US$ 2,48 bilhões. Apesar disso, os aportes nacionais fecharam agosto na contramão do avanço do segmento, segundo dados da CoinShares.

Fonte: Reprodução/CoinShares

De acordo com o relatório da gestora de criptomoedas, as entradas fortes ao longo da semana foram parcialmente anuladas na sexta-feira. O que, para a CoinShares, sucedeu a divulgação do Índice de Preços do Consumidor Excluindo Alimentos e Energia (Core PCE) referente ao mês de julho nos EUA, cujo percentual de 2,9% foi o mais alto desde fevereiro. Nesse caso, o sinal de resiliência da inflação diminuiu a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) nesse mês, e, consequentemente, o apetite pelos fundos de criptomoedas.

Regionalmente a Suécia retirou líquidos US$ 45,2 milhões, mesmo caminho trilhado pelos líquidos US$ 5 milhões de outros países na semana passada. Por outro lado, além do Brasil, Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Canadá, Hong Kong e Austrália depositaram respectivos líquidos de US$ 2,29 bilhões, US$ 109,4 milhões, US$ 69,9 milhões, US$ 41,1 milhões, US$ 12,5 milhões e US$ 2,9 milhões nesse período.

Nos acumulados mensal e anual, o relatório da gestora de criptomoedas apontou que somente o Brasil e a Suécia recuaram nos produtos de investimento (ETPs) de criptomoedas, respectivamente US$ 14,7 milhões (R$ 80 milhões) e US$ 81 milhões (R$ 440 milhões) no caso do país sul-americanos, US$ 253,2 milhões e US$ 571 milhões em relação ao país europeu. Isso porque, globalmente, os fundos cripto avançaram em líquidos US$ 4,37 bilhões e US$ 35,52 bilhões, mensal e anual respectivamente.

Em ligeiro avanço, o Brasil chegou a US$ 1,65 bilhão e se manteve na sexta colocação no total de ativos sob gestão (AuM), que recuou globalmente em cerca de 10%, fechando a semana passada em US$ 219,87 bilhões. Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Canadá, e Suécia encerram a semana com respectivos AuM de US$ 151,70 bilhões, US$ 7,51 bilhões, US$ 6,93 bilhões, US$ 6,82 bilhões e US$ 3,81 bilhões. Nesse caso, o destaque foi mais uma alternância de posições entre Alemanha e Canadá.

Pela aferição de criptoativos, fundos em Ethereum (ETH), Bitcoin (BTC), Solana (SOL), XRP, Cardano (ADA) e Chainlink (LINK) captaram respectivas entradas líquidas de US$ 1,41 bilhão, US$ 748 milhões, US$ 177 milhões, US$ 134,1 milhões, US$ 5,2 milhões e US$ 3,6 milhões. Pelo contrário, produtos de investimento em Sui (SUI) registraram líquidos US$ 5,8 milhões em retiradas.

Por gestoras/produtos, iShares ETFs (BTC e ETH) chegaram a US$ 1,21 bilhão em entradas líquidas, seguidos por líquidos US$ 183 milhões dos ProShares ETFS e US$ 102 milhões do 21Shares AG. Em direção contrária, o CoinShares XBT Provider AB registrou US$ 43 milhões em retiradas líquidas.

Na semana anterior, os investidores nacionais compraram o mergulho ao aportarem R$ 5,4 milhões em semana de saques massivos em fundos de criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.