Os tokens não fungíveis (NFTs) vêm conquistando o mundo dos ativos digitais desde 2018, porém em 2021 passaram a ganhar destaque, assim como outras criptomoedas que foram chegando ao mercado.

Os NFTs, que estão transportando a tecnologia dos ativos digitais a setores que nunca se viram inseridos nesta disrupção, como arte, música, moda, bebidas, entre outros.

“Os NFTs representam algo único no mundo e que não possui um valor predefinido, mas sim subjetivo. São tokens que não podem ser trocados como as criptomoedas, mas comprados e vendidos a partir de lances ou ofertas”, explica Rodrigo Soeiro, fundador da Monnos.

Alguns modelos de negócios baseados em NFTs já existem, como é o caso dos jogos Axie Infinity, Decentraland e The Sandbox, e da empresa RTFKT, que comercializa tênis para avatares e foi adquirida recentemente pela Nike.

“O que se vê é uma revolução provocada por esse tipo de criptoativo, que impacta não apenas o setor de entretenimento, mas também games, moda, bebidas, imobiliário, financeiro e muitos outros. NFT foi um dos termos mais pesquisados no Google em 2021, e uma pesquisa feita pela exchange crypto.com mostrou que pelo menos 50% das pessoas que ainda não atuam com cripto gostariam de comprar NFTs. Ou seja, há um novo mercado a se explorar”, conclui Soeiro.

5 motivos para começar a investir em NFTs

Então, por que investir em NFTs? Os porta-vozes da NFTFY separaram algumas razões para as quais investir em NFTs pode ser considerado um grande investimento.

1. De acordo com dados, no primeiro semestre de 2021 a indústria de NFTs movimentou mais de US$ 2,5 bilhões.

2. Diferença entre criptomoeda x NFT: as criptomoedas são cambiáveis pelo valor equivalente em dólares ou reais, já os NFTs são “não fungíveis”, ou seja, ele possui o valor e característica únicos.

3. Block o quê? Blockchain! As transações de NFTs são feitas por meio de uma tecnologia chamada blockchain, e é por meio dela que é possível rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de informações pela internet.

4. Ainda falando sobre como comprar um NFT: é semelhante a uma loja. Você escolhe o item que deseja e paga por ele, a única diferença é a forma de pagamento. Por meio da tecnologia do Blockchain, as criptomoedas, como o bitcoin, por exemplo, podem circular.

5. Como medir o valor de um NFT? O valor é baseado na confiança da autenticidade, ou seja, o registro de um NFT é mais acessível, porém torna a tarefa de fraudar informações de compra e venda mais difícil.

Para não ser enganado, confira também os riscos

Segundo um levantamento da DappRadar somente entre os meses de janeiro e setembro de 2021, os NFTs movimentaram US$ 13,2 bilhões.

“Os tokens não-fungíveis oferecem um mundo totalmente novo em que a negociação de ativos digitais exclusivos pode ser extremamente rentável. No entanto, é necessário analisar as inúmeras questões relacionadas aos riscos cibernéticos dos NFTs”, aponta Andrew Martinez, CEO da HackerSec, empresa referência em cibersegurança no país.

Os NFTs já ativaram o sinal de alerta para o setor de cibersegurança já que o roubo de arte digital através do token é a nova modalidade de crimes cibernéticos. Mas, afinal, quais são os principais riscos cibernéticos? O especialista elencou abaixo os mais comuns e como evitá-los, confira:

1.     Falta de regulamentação e fiscalização

Como as vendas de NFTs ainda não são regulamentadas pelos órgãos governamentais de cada país, isso dificulta que normas legais direcionem as negociações, vulnerabilizando o consumidor e dificultando a fiscalização. Somente entre julho e setembro de 2021, a DeviantArt, empresa virtual estadunidense que permite a exposição das artes de artistas do mundo inteiro, identificou mais de 11 mil peças de obras furtadas para comercialização no formato de tokens não fungíveis.

“Há plataformas inclusive que não se responsabilizam pela autenticidade dos ativos vendidos por meio dela, nem possuem sistemas de prevenção de fraudes. Isto faz com que haja arrecadação por parte de um cibercriminoso e os verdadeiros artistas deixem de receber pelas suas respectivas obras”, explica Andrew Martinez.

2.     Procedência duvidosa do ativo

Como ainda não há uma regulamentação efetiva do setor para que a prática de compra e venda de NFTs seja realizada com a sua devida veracidade garantida, o especialista indica que, ao adquirir um token não fungível, o artista ou investidor, faça uma boa pesquisa da procedência do ativo.

“É possível inclusive verificar antes da compra, se o autor original confirmou se obra se tornou um NFT. Isto evita que alguém seja enganado”, complementa Andrew.

3.     Roubo de ativos e exposição de dados

Como os ativos digitais precisam ser mantidos em uma carteira, seja ela física ou virtual, ou na Exchange, uma corretora de criptoativos presente no ambiente digital, estas podem ser clonadas, roubadas ou até mesmo comprometer as credenciais.

“Devemos nos atentar onde armazenamos nossos ativos digitais e em quais mercados os utilizamos. A proteção dos ativos a partir de sites de exchanges e contas de e-mail associadas com senhas fortes e autenticação de dois fatores, minimiza os riscos. Invista sempre em uma solução de segurança robusta para proteção dos dispositivos usados para manusear fundos, principalmente no caso dos NFTs, que ainda é considerado algo novo no mercado”, conclui o executivo.

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