O desenvolvedor da Ethereum (ETH), Virgil Griffith, se declarou culpado de uma acusação federal de conspirar com a Coréia do Norte para violar a lei de sanções dos Estados Unidos.

Na segunda-feira (27), Griffith se confessou culpado em Nova York de conspirar para violar a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, que proíbe os cidadãos dos EUA de exportar tecnologia e propriedade intelectual para países comunistas. Como parte do acordo judicial, Griffith pode pegar até seis anos e meio de prisão. A sentença formal está prevista para começar em janeiro de 2022.

Virgil, que atuou como pesquisador sênior da Fundação Ethereum, foi preso em novembro de 2019 depois de participar de uma conferência na capital norte-coreana, Pyongyang, no início do ano. Os promotores alegam que o desenvolvedor fez uma apresentação sobre como lavar dinheiro e evitar sanções usando a tecnologia blockchain.

O acordo judicial de Griffith aconteceu no momento em que a seleção do júri estava marcada para começar em Nova York. Como reportou o The Wall Street Journal, o julgamento provavelmente tocaria em questões complexas envolvendo questões de liberdade de expressão e as relações da Coreia do Norte com os Estados Unidos.

O jornalista Ethan Lou, que afirma ter estado na Coreia do Norte com Griffith quando fez a apresentação, disse que não está claro o que gerou a confissão de culpa do desenvolvedor. Ele explicou:

“Não está claro qual novo desenvolvimento causou esta confissão de culpa. A papelada foi assinada ontem. Uma possível razão é a proibição do testemunho remoto de um advogado da Fundação Ethereum. ”

 

Virgil estava bastante emocionado. Suspiros profundos às vezes quando ele falava. Não está claro qual novo desenvolvimento causou esta confissão de culpa. A papelada foi assinada ontem. Uma possível razão é a proibição do testemunho remoto de um advogado da Fundação Ethereum.

— Ethan Lou (@Ethan_Lou) September 27, 2021

Conforme relatado pelo Cointelegraph, a equipe jurídica de Griffith tentou rejeitar as acusações em outubro de 2020, mas os argumentos apresentados foram firmemente rejeitados pelos promotores. Na época, os advogados que representavam o governo dos Estados Unidos consideraram os argumentos "inúteis".

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