Primeiro ETF de (XRP) do mundo, o XRPH11 acumula um patrimônio líquido de R$ 230 milhões menos de dois meses após listagem na B3, e já é um dos maiores casos de sucesso do mercado brasileiro de fundos de índice de criptomoedas.
O XRPH11 estreou na bolsa brasileira em 25 de abril com o objetivo de oferecer exposição ao token nativo da blockchain XRP Ledger, da Ripple, terceira maior criptomoeda em capitalização de mercado. O fundo da gestora de ativos digitais brasileira Hashdex tem administração da Genial Investimentos e replica o Nasdaq XRP Reference Price Index (NQXRP).
Nas primeiras semanas após o lançamento, a captação do XRPH11 perde apenas para do HASH11, ETF da Hashdex líder do segmento de criptomoedas na B3. Atrelado ao NASDAQ Crypto Index, o ETF que rastreia uma cesta de nove criptoativos atingiu R$ 1 bilhão em ativos sob gestão apenas oito dias após sua estreia em 2021.
Nem mesmo os ETFs de Bitcoin (BTC) e Ether (ETH) da Hashdex e da QR Asset Management tiveram captação superior logo após listagem na bolsa brasileira, de acordo com dados disponibilizados pelas próprias gestoras.
O BITH11, por exemplo somava R$ 49,93 milhões em ativos sob gestão no lançamento em 5 de agosto de 2021. Quarenta dias depois, atingiu a marca de R$ 71,70 milhões. Já o QBTC11 acumulava pouco mais de R$ 100 milhões.
O ETHE11, fundo de índice do Ether, estreou na B3 em agosto de 2021, com um patrimônio líquido de R$ 110,97 milhões, mas registrou um saldo líquido negativo de R$ 10,8 milhões em seguida. Já o QETH11, captou R$ 80 milhões no lançamento.
Em uma disputa particular entre altcoins, o patrimônio do XRPH11 já é quase o dobro da soma dos dois ETFs de Solana (SOL) lançados recentemente no Brasil: enquanto o SOLH11, da Hashdex, soma R$ 77,7 milhões em ativos sob gestão, e o QSOL 11, da QR Asset Management, captou R$ 64 milhões, com ambos totalizando R$ 141,7 milhões, contra R$ 230 milhões do ETF de XRP.
Vale ressaltar que o patrimônio líquido dos fundos de índice de criptomoedas oscilam conforme o valor dos respectivos tokens no mercado à vista.
Procurada pela reportagem do Cointelegraph Brasil por meio de sua assessoria de imprensa para comentar o desempenho inicial do XRPH11, a Hashdex optou por não se manifestar a respeito.
ETF de XRP se destaca apesar das oscilações do mercado
O sucesso inicial na captação do XRPH11 não foi acompanhado pelo desempenho do fundo. Negociado inicialmente por R$ 19,76 a cota, o ETF registra uma apreciação de 1,6% desde o lançamento, cotado a R$ 20,08 antes da abertura do mercado nesta quarta-feira, 18 de junho.
Segundo levantamento da Quantum Finance, divulgado pela B3, a expressiva captação do XRPH11 ocorre em meio a um cenário de recuperação gradual dos fundos de índices de criptomoedas no mercado brasileiro.
Os dados revelam que abril de 2025 fechou com os ETFs de criptomoedas na B3 totalizando um patrimônio líquido de R$ 13,7 bilhões, alta de 11,3% em relação a março, mas ainda 4,1% inferior ao registrado seis meses antes.
No mesmo período, o número de cotistas alcançou 576 mil – queda de 1,2% em relação ao mês anterior, porém com um aumento de 17,5% nos últimos seis meses.
No ranking dos maiores fundos do segmento por patrimônio líquido, o HASH11 lidera com R$ 3,8 bilhões. Na sequência aparecem o BITH11 (R$ 1,84 bilhão) e o QBTC11 (R$ 845 milhões).
Além do primeiro ETF do mundo de XRP, em 2025 a Hashdex lançou também o FOMO11, conforme noticiado pelo Cointelegraph Brasil.
Atrelado ao índice Kaiko Hashdex Risk Parity Momentum, o FOMO11 oferece exposição às 12 principais criptomoedas por capitalização de mercado, com peso maior para tokens com forte potencial de valorização. Listado na B3 em 16 de abril, o FOMO11 captou R$ 11,5 milhões.