Na quarta-feira (28), o ETF de criptomoedas HASH11 movimentou mais de R$ 100 milhões e foi o quarto mais negociado na bolsa de valores brasileira, chegando a assumir a terceira colocação em alguns momentos do pregão. O fundo ficou atrás de iShares Ibovespa (BOVA11), It Now Ibovespa (BOVV11) e iShares Small Cap (SMAL11).
O HASH11 é gerido pela brasileira Hashdex, e replica o desempenho do Nasdaq Crypto Index (NCI), atualmente composto por oito diferentes criptoativos. Além disso, ele foi o primeiro ETF de criptomoedas a ser negociado no Brasil.
ETFs mais negociados no dia 28 de fevereiro na B3. Imagem: Bloomberg
“O HASH11 esteve entre os três mais negociados na B3. E a Hashdex contou com três de seus ETFs entre os dez com maior volume de negociação. Esse acontecimento revela o momento de retomada do segmento de cripto e o aumento do interesse do investidor brasileiro por essa classe de ativo”, comenta Samir Kerbage, CIO da Hashdex.
Kerbage destaca que o volume movimentado ontem pelo HASH11 foi o maior desde maio de 2022, e que o fundo segue sendo o segundo maior da B3 em número de cotistas.
A disparada no volume foi possivelmente causada pela alta massiva registrada pelo Bitcoin (BTC), com o criptoativo tocando a marca de US$ 64 mil. No mesmo dia, os ETFs ligados ao preço à vista do BTC negociado nos Estados Unidos bateram recordes em volume diário de negociação.
Ao todo, investidores movimentaram cerca de US$ 7,7 bilhões negociando cotas de dez diferentes ETFs. Eric Balchunas, analista da Bloomberg, espera que os mesmos ETFs atinjam US$ 10 bilhões em volume nesta quinta-feira.
A marca de US$ 10 bilhões movimentados em um único dia foi conquistada pelos ETFs de ouro apenas dois anos após seu lançamento. Caso a marca se concretize hoje, os ETFs de Bitcoin levariam menos de dois meses para atingir o mesmo feito.