A multinacional de serviços profissionais Ernest & Young, ou EY, pediu registro, no Brasil, de um sistema baseado em criptomoedas e blockchain.
Assim, segundo publicação feita nesta terça (19) na Revista da Propriedade Intelectual, o sistema da EY também usa inteligência artificial, internet das coisas e pagamentos móveis.
Porém, o pedido de patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) não especifica como o serviço deve funcionar.
Contudo, segundo levantamento feito pelo Cointelegraph, é parte da estratégia de expansão dos serviços de blockchain da gigante de consultoria.
EY Blockchain Brasil
A EY começou a montar sua equipe de blockchain em setembro de 2019 no Brasil.
Assim, no país, a empresa busca ganhar mercado e desenvolver projetos como um Mínimo Produto Viável (MVP) para gestão de numerário, com meta de faturamento de R$ 2 milhões.
Portanto, sobre o assunto, o gerente sênior da empresa no Brasil, Alexandre Boschi, explica a evolução dos desenvolvimentos de blockchain da gigante com sede no Reino Unido:
"A EY montou um grupo de especialistas e outorgou 7 laboratórios de desenvolvimento, em que mais de 50 projetos em diferentes áreas foram desenvolvidos, ou seja, a partir de um tema, um negócio, foram feitas customizações de plataformas. Uma das que mais tem se desenvolvido é o EY Ops Chain, uma plataforma para rastreabilidade, gestão de inventários e permite integração com SAC. Essas plataformas atuam como aceleradores. Globalmente temos cerca de 17 patentes de blockchain baseadas nos projetos que realizamos.", disse a empresa.
Veredict
No final de 2019 a EY lançou uma plataforma em blockchain chamada Veredict.
Desta forma, a plataforma OpsChain Public Finance Manager (PFM) permite um rastreamento transparente dos orçamentos e despesas públicos visíveis a todos os cidadãos.
A PFM também permitirá que os fundos públicos sejam comparados com os resultados, o que por sua vez forneceria informações sobre a eficácia das diferentes políticas.
Assim, o sistema pode rastrear fundos públicos do governo à medida que eles passam por diferentes agências estaduais.
Portanto, segundo a EY, os dados fornecidos pela plataforma podem potencialmente ser usados para melhor informar futuras decisões políticas.
“A tecnologia blockchain pode impactar positivamente os processos, da coleta de impostos à abertura de dados e gastos públicos. [...] A moderna gestão financeira pública requer foco nas coisas que mais importam - transparência, responsabilidade e evidências robustas para a tomada de decisões - todos os fatores que podem ser aprimorados pela tecnologia blockchain", destacou a emrpesa.
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