O Ministério Público de São Paulo publicou na última segunda-feira, 9 de março, no Diário de Justiça do estado, uma denúncia contra os operadores da suposta pirâmide de diamantes e criptomoedas Pay Diamond.

Mais uma das muitas empresas a ofertar investimentos em Bitcoin com retorno diário "garantido", a Pay Diamond já havia recebido uma ordem de prisão de seus operadores em novembro de 2019.

A empresa, além de Bitcoin, também tinha uma suposta criptomoeda, a Mktcoin, além de oferecer investimentos em diamantes. Segundo o MP-SP, a criptomoeda misteriosa era usada para oferecer rendimentos irreais às vítimas.

Segundo o Ministério Público, a Pay Diamond teria praticado crimes de pirâmide financeira, indução dos consumidores a erros, associação e organização criminosa.

Os donos da empresa são Carlos Cezar Luiz e sua esposa, Kária Regina Zazirkas, que teriam mentido sobre registro da empresa junto à Comissão de Valores Mobiliários. Além deles, também foram denunciados Dilhermano Pereira Gonçalves (que também foi líder da Telexfree) e Adriano Machado Mender, que atuavam na captação de investidores, e Rodrigo de Souza Kagaochi, que teria involvimento direto com a Mktcoin.

A denúncia diz que os membros da Pay Diamond não tinham registro para ofertar diamantes. Inicialmente uma empresa de informática, a empresa passou a ser uma relojoaria antes de passar a oferecer supostos rendimentos em pedras preciosas e criptomoedas.

Além de oferecer rendimentos fora da realidade, a denúncia diz que a captação de investidores era feita de forma "agressiva", envolvendo coação moral quando as vítimas passavam a mostras insatisfação com a falta de pagamento da empresa.