A Justiça brasileira emitiu quatro mandados de prisão contra Dilhermando Pereira Gonçalves, Rodrigo de Souza Kagaochi, Carlos Cezar Luiz e Katia Regina Zazirskas supostos operadores da PayDiamond, acusada de ser uma pirâmide financeira baseada em Diamantes e que teria criado uma criptomoeda própria no qual os supostos rendimentos seriam pagos. Os mandados de prisão foram expedidos pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

A PayDiamond operava no Brasil desde pelo menos 2015 oferecendo rentabilidades vinculadas a supostas operações de mineração de diamantes, que, supostamente nunca existiram. Para dar um 'ar' de credibilidade a suposta pirâmide financeiro chegou a registrar um fundo, denominado Paydiamond FIDC-NP, e acabou sendo 'aprovado' pela Comissão de Valores Mobiliários do Brasil, CVM, mas revogado posteriormente.

"Para formação de verdadeira organização criminosa, para prática de fraudes e crime de pirâmide, os acusados Carlos Cesar Luiz e Kátia Regina contaram com a participação de outros agentes, com contribuição decisiva na captação de investidores/vítimas e para tanto não só promoveram a divulgação de suas atividades por sites na rede mundial de computadores, como também realizaram diversos eventos em várias cidades do Brasil e do exterior , em hotéis de luxo, onde reuniram em auditórios, em cada oportunidade, mais de 50 pessoas, para induzi-las a fazer transferência de dinheiro, expressivos no pretenso comércio de diamantes, com uma taxa de retorno de 5% por semana ou 240% ao ano, além de comissão por indicação de novos investidores e também sobre aqueles que estes viessem a indicar, o que já revela a formação de pirâmide financeira", diz o MPSP.

Um destes 'agentes', apontado como 'líder de expansão', seria Rodrigo de Souza Kagoachi que teria movimentado mais de R$ 300 mil reais em operações usando bitcoin na exchange brasileira Mercado Bitcoin.

"O Relatório de Inteligência Financeira RIF elaborado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras COAF (...) relacionou movimentações de Rodrigo Kagaochi, onde se destaca em especial as seguintes movimentações: (...) Recebimentos de fornecedores (R$ 364.246,35) (...) Os recebimentos de fornecedores referem-se a créditos efetuados por Mercado Bitcoin Serviços Digitais LTDA"


Kagoachi também seria o responsável pela MKTCoin, suposta criptomoeda criada pela PayDiamond e na qual os investidores seriam remunerados, no entanto, os clientes da empresa não conseguiam 'utilizar' a MKTCoin fora das plataformas do grupo e tampouco reaver o valor investido que havia sido 'convertido' na suposta criptomoeda.

"Os representantes da Pay Diamond envolvidos nesta operação seriam justamente Adriano Mendes e Rodrigo de Souza Kagouachi (...) Nas cópias de divulgação na internet utilizadas pelos acusados Adriano e Rodrigo, há inserção de marca referente à moeda virtual MKTCOIN com menção de que se trata de uma parceria com a Pay Diamond, deixando claro que esta fraude tinha estreita relação com o crime de pirâmide e nada mais era que uma estratégia de manter as vítimas em erro por mais tempo"

 

 


 

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