A poucos dias da reunião do comitê de política monetária (Fomc) do Federal Reserve System (Fed), o banco central dos EUA, os investidores de criptomoedas demonstravam certa desconfiança com uma possível nova ação da instituição financeira para conter a inflação, fruto, principalmente, da alta quantidade de emissão de papel-moeda durante a pandemia, que teve como consequência a alta dos preços.
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Não por acaso o Bitcoin (BTC) continuava pouco volátil ao ser trocado de mãos em torno de US$ 19,2 mil e com retração de 0,7% enquanto a criptomoeda respondia por 39,8% de dominância de mercado, cuja capitalização era de US$ 929 bilhões, em queda de 0,35%.
Embora os acontecimentos da macroeconomia representem uma grande interface com o mercado de criptomoedas, já que os grandes players entram ou saem de suas posições ao sabor do nível de medo associado às criptos, consideradas investimento de risco, alguns acontecimentos recentes indicam certa resiliência dentro deste ecossistema, o que pode mitigar os efeitos de uma nova queda, decorrente de fatores externos. No caso, a “birra das baleias e a revolta das sardinhas” do Bitcoin, que mantiveram suas posições sobre o BTC e ajudaram a reduzir a oferta da criptomoeda nas exchanges.
Por outro lado, as movimentações internas dos investidores podem não ser suficiente para conter novas baixas, caso a recessão, que bate à porta, resolva entrar em 2023. Isso porque, apesar da resposta positiva do mercado ao nome de Rishi Sunak como primeiro-ministro do Reino Unido, já que ele trabalhou na área de fundos de investimentos e no Goldman Sachs antes de se tornar dirigente do Tesouro Britânico e ministro de Finanças do ex-premiê Boris Johnson, os britânicos não são exceção à crise energética que deverá se agravar em toda a Europa com a chegada do inverno no hemisfério norte, em meio a uma guerra em andamento e uma economia combalida.
Neste cenário de incertezas, que incluem a desaceleração da economia chinesa, as principais altcoins por capitalização de mercado operavam em queda de até 3%, apesar de muitos projetos terem atraído investimentos, o que resultou na alta de diversos tokens, inclusive na casa de dois dígitos. Por exemplo, o KLAY estava precificado em US$ 0,20 (+10%), o ABBC era negociado a US$ 0,17 (+18,7%), o KRD estava nivelado em US$ 0,90 (+16%), o META respondia por US$ 0,030 (+44,6%), o SURE se equiparava a US$ 0,0024 (+12,6%), o SANTOS era transacionado a US$ 12,44 (+11%) e o GRS era comprado por US$ 0,385 (+24,16%).
Gráfico diário do par HEGIC/USD. Fonte: CoinMarketCap
Um dos destaques era o HEGIC, token do protocolo de finanças descentralizadas (DeFi) focada em derivativos Hegic, que era negociado por US$ 0,021 e com alta diária de 188%, mesmo percentual da alta diária da capitalização de mercado do projeto, que era de US$ 16,9 milhões e ocupava a 653ª colocação no ranking.
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— Hegic (@HegicOptions) October 24, 2022
NEW INTERFACES
And with the protocol upgrade, Hegic Herge is proud to introduce brand-new trading and staking interfaces. A list of option strategies, charts, and intuitive options buy / exercise forms will be at your service 24/7 👩💻🔥 Zero fees, no KYC or registration 🏅 pic.twitter.com/BGhTkQNhH1
Pelo que é possível perceber nas publicações da Hegic no Twitter, o protocolo adicionou novas interfaces de negociação nos últimos dias, entre elas a conversão de HEGIC oriundos de stakes em USD Coin (USDC) e a conexão com a rede solução de camada 2 da rede Ethereum (ETH) Arbitrum, cuja possibilidade de lançamento de um token levou a comunidade cripto a traçar estratégias de interação com a rede, de olho em possíveis recebimentos de tokens, em caso de airdrop, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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