O mercado de criptomoedas avançava a US$ 3,27 trilhões (+5,6%) na manhã desta sexta-feira (6). Na ocasião, o Bitcoin (BTC) era negociado a US$ 103,3 mil (+3,6%) com dominância de mercado recuada a 62,8%. Já as altcoins subiam até 182% em meio ao sentimento de ganância dos investidores (70%) e ajudaram a liquidar em mais de US$ 1,1 bilhão os traders alavancados.
O rali cripto se correlacionava ao entusiasmo de outros mercados com um anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer. Trata-se da criação de uma zona comercial entre Estados Unidos e Reino Unido voltada ao aço e ao alumínio. Pelo acordo, o Reino Unido reduziu as taxas a produtos dos EUA, que mantiveram 10% sobre importações britânicas.
"Esse acordo mostra que, se você respeita os EUA e traz propostas sérias à mesa, os EUA estão abertos para negócios. Muito mais virão", disse o republicano na publicação”, disse Trump em uma rede social.
O acordo se refletiu positivamente nos mercados acionários, o que podia ser percebido na alta do S&P 500 e do Nasdaq, historicamente correlacionados ao desempenho do Bitcoin, encerrados em respectivos 5.663,94 (+0,58%) e 17.928,14 pontos (+1,07%). Além disso, a pernada de alta cripto coincidia com um ambiente macroeconômico favorável ao capital de risco.
O rali do BTC e das principais altcoins em capitalização de mercado, por outro lado, liquidou traders alavancados em mais de US$ 1,14 bilhão (+212%) nas últimas 24 horas. Segundo dados da Coinglass, foram cerca de US$ 864 milhões em posições compradas (long), tomadores de empréstimos que apostaram na alta para uma eventual revenda, ante US$ 277 milhões em posições vendidas (short), que são tomadores de empréstimos que apostam na queda para recompra da “pechincha”, usando as mesmas criptomoedas revendidas.
O entusiasmo era percebido pelo recuo a 22,13 pontos (-6%) do Volatility Index (VIX), calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, conhecido como índice do medo. Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) baseados em Bitcoin registraram US$ 117,46 milhões em entradas líquidas, enquanto os ETFs de Ethereum (ETH) recuaram em líquidos US$ 16,11 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue.
Em sinal de entrada nos tokens pela realização de ganhos obtidos com o BTC, o índice altseason, que mede o nível de rotação de capital para os principais tokens em capitalização de mercado, avançava de 29 para 41 pontos. Nesse caso, o FORM recuava US$ 2,48 (-2%), o LEO se retraía a US$ 8,73 (-1%), o ADA avançava a US$ 0,79 (+9,6%), o TIA se nivelava por US$ 2,88 (+9,7%), o ICP pareava US$ 5,33 (+9,8%), o FIL representava US$ 3,02 (+9,7%) e o DOT chegava a US$ 4,67 (+9,5%).
As altas de dois a três dígitos percentuais se encontravam mais numerosas. Entre elas, o PEPE respondia por US$ 0,00012 (+40,3%), o BRETT era vendido por US$ 0,080 (+28,5%), o VIRTUAL era transacionado por US$ 2,01 (+25,3%), o MOODENG era negociado por US$ 0,13 (+182,6%), o PNUT estava precificado em US$ 0,27 (+60,7%), o FWOG se transformava em US$ 0,071 (+49%), o CHILLGUY valia US$ 0,077 (+47,7%) e o GOAT estava cotado a US$ 0,11 (+41%).
Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam SYRUP na Poloniex, JITOSOL na OKX, SXT na Crypto.com, PENGU na UpBit e SL na BitMart.
No dia anterior, o Fed favorecia as criptomoedas e o Bitcoin mirava US$ 100 mil enquanto a Binance aderia à listagem inicial do DOOD, que também acontece nessa sexta-feira, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.