O mercado de criptomoedas recuava a um market cap de US$ 2,64 trilhões (-2%) na manhã desta quarta-feira (16), quando o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 84 mil (-1,7%) com alta acumulada semanal de 10%, dominância de mercado avançada a 63,1%, sentimento de medo dos investidores (29%) e a maioria das principais altcoins no vermelho, apesar de picos de preço de até 100% de alguns tokens.

O dia começava com mais impactado de notícias vindas da Casa Branca. Por lá, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs novas restrições de exportação de chips de inteligência artificial (IA) à China, que já trava uma guerra de tarifas alfandegárias com o país da América do Norte, também iniciada por Trump. 

A nova medida decretada pelo republicano exige uma nova licença à Nvidia relacionada ao chip H20, desenvolvido sob o guarda-chuva de regras anteriores, do governo de Joe Biden, para clientes do país asiático. No momento desta edição, o pré-mercado de ações da Nvidia apontava queda de 6,51%, já que a fabricante de chips relatou um impacto de US$ 5,5 bilhões no acumulado trimestral até 27 de abril, por conta de estoques, reserva e compromissos de compra do H20.

Além do Bitcoin, o recuo da Nvidia pode aumentar a volatilidade de grandes bolsas e impactar índices como o S&P 500 e o Nasdaq, historicamente associados ao desempenho do BTC, encerrados no dia anterior em respectivos 5.396,63 (-0,17%) e 16.823,17 pontos (-0,049%). 

As quedas também sucediam declarações pessimistas de Christopher Waller, membro do conselho de presidentes regionais do Federal Reserve (Fed). Segundo ele, em caso de manutenção de 25% na média das tarifas recíprocas impostas por Trump, a economia dos Estados Unidos poderá sofrer o maior retrocesso das últimas décadas.

“Se a desaceleração for significativa e até ameaçar uma recessão, então eu esperaria favorecer o corte da taxa de política do Fomc mais cedo e em maior extensão do que eu havia pensado anteriormente”, declarou.

Associado ao risco, o recuo do mercado de criptomoedas também podia ser associado ao avanço do Volatility Index (VIX), calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, conhecido como índice do medo, a 31,53 pontos (+2,07%). Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin avançaram em líquidos US$ 76,42 milhões enquanto os ETFS de Ethereum (ETH) recuaram em líquidos US$ 14,18 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue. 

O índice altseason, que mede o nível de rotação de capital para os principais tokens em capitalização de mercado, recuava a 15 pontos. Em relação às principais altcoins em capitalização de mercado, o XCN derretia a US$ 0,017 (-13,1%), o JASMY se recolhia a US$ 0,013 (-10,6%), o BONK retornava a US$ 0,000011 (-10,5%), o MOVE se retraía a US$ 0,26 (-10%), o CRV avançava a US$ 0,61 (+4,1%), o XLM ascendia a US$ 219,41 (+2,9%), o TRX estava cotado a US$ 0,25 (+2,7%) e o XTZ se equiparava a US$ 0,51 (+2%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o CORE chegava a US$ 0,57 (+16,2%), o OM se recuperava a US$ 0,76 (+14,6%), o AERGO alcançava US$ 0,50 (+23,2%), o GAS era trocado por US$ 3,84 (+27%), o ARDR atingia 0,13 (+54%) com um pico de preço de 100% nas últimas horas, o STRAX era transacionado por US$ 0,056 (+34,4%), o SNT estava precificado em US$ 0,026 (+29%), o WCT era comprado por US$ 0,43 (+14,6%), o BMX era trocado por US$ 0,25 (+12,8%), e o SPA valia US$ ,022 (+52%).

Entre as novas listagens estavam AERGO e INIT na Binance Futuros, FUR na BitMart e LBank, ILV na AscendEX, WCT na Upbit e Bithumb, AERGO na LBank, DEEP e SHELL na Upbit e KERNEL na Bithumb.

No dia anterior, o medo recuava e as criptomoedas avançavam até 46% enquanto o Bitcoin espreitava novos catalisadores, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.