O mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 3,39 trilhões (+0,9%) na manhã desta segunda-feira (7), quando o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 108,8 mil (+0,7%) com dominância de mercado a 64,4%, sentimento de neutralidade dos investidores (+52%) e a maioria das principais altcoins em alta.
A movimentação em linha sucedia o final de semana prolongado nos Estados Unidos, por causa do Dia da Independência, celebrado na última sexta-feira (4), além do encerramento antecipado das bolsas no dia anterior. Nessa seara, alguns dados da maior economia global apontavam baixo risco para mercados como o de criptomoedas, mas também poucos motivos para uma pernada de alta.
No primeiro caso, o relatório mensal do Departamento do Trabalho dos EUA superou a expectativa dos analistas pela abertura de 147 mil vagas de emprego não agrícolas e uma queda de 4,1% na taxa de desemprego. Porém, esses dados diminuem a possibilidade de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed), na direção oposta de mercados como o de criptomoedas, já que o aquecimento do mercado de trabalho, ainda que moderado, diminui o risco de recessão e potencializa a resiliência de inflação.
Além do payroll, o sinal de cautela do Fed ganhava força pela aprovação do 'Big Beautiful Bill' (“grande e belo projeto", na tradução em português) na Câmara dos Representantes. Trata-se de um polêmico projeto do presidente dos EUA, Donald Trump, que prevê o corte de impostos e gastos de saúde. O que pode favorecer o Bitcoin no curto prazo pelo aumento do fluxo de dinheiro, porém com riscos de elevação da dívida estadunidense.
Os radares de investidores de criptomoedas também se voltam para o segundo e último dia da reunião de cúpula do Brics, que acontece no Rio de Janeiro. Quem também está de olho nas decisões do grupo é o presidente Donald Trump, que se antecipou a uma eventual proposta de fortalecimento de uso de moedas diversas ao dólar americano entre os países-membros do grupo, além da eventual adoção de uma criptomoeda entre eles. Isso porque Trump ameaçou impor tarifas extras de 10% a países que se alinharem “às políticas antiamericanas do Brics”.
"Não haverá exceções a essa política", emendou Trump em uma postagem no Truth Social.
Além disso, o republicano prometeu para essa semana a divulgação de tarifas seletivas a diversos países, que começariam a vigorar em agosto. Porém, o mercado de criptomoedas pode ter outros catalisadores de volatilidade durante a semana. Entre eles a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), colegiado de política monetária do Federal Reserve (Fed), divulgação da expetativa de inflação ao consumidor dos EUA, índice de preços ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) de junho na China, fluxo cambial estrangeiro no Brasil.
O Volatility Index (VIX), “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, avançava a 17,61 pontos (+5,9%). Já o índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado de altcoins, encontrava-se elevado a 28 pontos em sinal de rotação de capital para as altcoins.
No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o TON recuava a US$ 2,79 (-5,9%), o PENGU se retraía a US$ 0,015 (-4%), o INJ valia US$ 10,54 (-1,3%), o BONK avançava a US$ 0,000023 (+9,2%), o IP chegava a US$ 3,17 (+6,6%), o FLOKI era transferido por US$ 0,000084 (+6,6%), o AAVE estava precificado em US$ 288,08 (+6,3%), o RAY era comprado por US$ 2,17 (+4,6%), o DOGE se convertia em US$ 0,17 (+4,2%) e o XLM estava cotado a US$ 0,25 (+4,2%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o TIA era transacionado por US$ 1,63 (+11%), o SPX se convertia em US$ 1,33 (+10,9%), o SOLO era vendido por US$ 0,32 (+21,5%), o LAUNCHCOIN era transacionado por US$ 0,11 (+17,3%), o KEEP eestava cotado a US$ 0,10 (+43,8%), o ZEON estava avaliado em US$ 0,0017 (+14%), o SUPRA ascendia a US$ 0,0027 (+31,6%) e o VIC era negociado por US$ 0,27 (+81%).
Um dos destaques era a adição de três tokens à lista de monitoramento da Binance, com risco de serem deslistados: ASSAR, IDEX e SLF. Entre as novas listagens estavam AERO na Biconomy, AMERICA na AscendEX, KORI e MANYU na BitMart, SUT e MOONCAT na LBank, FONE e DST na MEXC, METAX, AIN e CROSS na Phemex, BOOM na Kucoin, M na Binance Futuros e NPC na Huobi.
Na semana anterior, as criptomoedas recuaram com o Bitcoin a US$ 109 mil após payroll, recorde do S&P 500 e Big Beautiful Bill, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.