Resumo da notícia:
As criptomoedas caíram para o último lugar na preferência dos investidores brasileiros em novembro.
A perda de interesse coincidiu com uma queda de 17,5% no preço do Bitcoin, que teve seu pior desempenho para um mês de novembro desde 2018.
Enquanto criptoativos recuaram, as ações lideraram as buscas, impulsionadas pela alta do Ibovespa.
As criptomoedas caíram para o último lugar na preferência dos investidores brasileiros em novembro, revela um levantamento do buscador Yubb que analisou dez classes de ativos. No mês anterior, os criptoativos ocupavam a sexta posição no ranking.
O desinteresse dos brasileiros pelas criptomoedas coincidiu com uma queda de 17,5% no preço do Bitcoin (BTC) no período. Na ocasião, o criptoativo recuou de US$ 109.600 na abertura mensal para US$ 90.360 no fechamento, consolidando o pior mês de novembro de sua história desde 2018.

No entanto, o Bitcoin chegou a atingir mínimas de US$ 80.000 em 21 de novembro, sinalizando uma reversão no sentimento do mercado após o recorde histórico de preço registrado na primeira semana de outubro.
Os ETFs — fundos de índice que oferecem um meio alternativo e regulado de exposição a criptomoedas — ficaram em sétimo lugar.
Ações lideram ranking de interesse dos investidores
Apesar da aversão às criptomoedas, os ativos de risco ficaram no topo da preferência do investidor brasileiro. Com o Ibovespa em alta de 30% em 2025, as ações e os fundos de ações ocupam as duas primeiras posições no ranking dos investimentos mais procurados pelos brasileiros na internet pelo segundo mês consecutivo.
Enquanto o Bitcoin derretia, o principal índice de ações da bolsa brasileira atingiu novas máximas históricas e consolidou uma alta mensal de 6%.
A manutenção da taxa Selic em 15% mantém o segmento de renda fixa atrativo, o que explica a forte procura por CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e títulos do Tesouro Nacional. Ambos aparecem na sequência do ranking.
Além dos juros elevados, a liquidação do Banco Master capturou a atenção dos investidores. Os detentores dos CDBs do Master, que ofereciam rendimentos acima da média do mercado, tiveram que recorrer ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para reaver parte de seus investimentos, até o limite de R$ 250.000.

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Criptomoedas estão em um mercado de baixa?
A tendência de queda do Bitcoin persiste em dezembro, com uma queda acumulada de 2,5%, de acordo com dados da CoinGecko. O fluxo negativo nos ETFs de criptomoedas, a redução nas compras das empresas de tesouraria de ativos digitais (DATs), a “ameaça quântica” e os temores sobre o potencial estouro da bolha de inteligência artificial (IA) mantêm o sentimento dos investidores em território negativo.
Sob um viés mais positivo, a manutenção do suporte em US$ 80.000 preserva a estrutura macro de alta do preço do Bitcoin, abrindo espaço para uma possível reversão de tendência caso o par BTC/USD volte a ser negociado acima de US$ 100.000, conforme noticiado pelo Cointelegraph Brasil.

