Uma empresa que tem entre seus sócios o ex-jogador do Grêmio e do Internacional Anderson Luis de Abreu Oliveira tentou comprar Bitcoin depois de receber R$ 14 milhões que teriam sido parte da fraude na conta da metalúrgica Gerdau junto ao banco Santander.

Anderson, que ficou nacionalmente famoso por protagonizar a final da Série B do Campeonato Brasileiro em 2007 entre Grêmio e Náutico, foi um dos alvos de uma operação comandada pelo Ministério do Rio Grande do Sul em junho.

Segundo o Portal do Bitcoin, o Ministério Público não confirmou o nome dos envolvidos, mas um pedido de investigação criminal do Santander à promotoria revela que a empresa do ex-jogador recebeu as transações suspeitas.

Anderson é sócio da empresa investigada ao lado de Anderson Boneti, que recebeu quatro transferências em suas contas junto ao Banco do Brasil e ao Banrisul, duas de R$ 4,5 milhões e duas de R$ 2,5 milhões.

Nas redes sociais, Anderson defendeu-se mostrando dados de negociações com Bitcoin e diz que negocia criptomoedas há mais de quatro anos.

O sócio dele, Boneti, confirma que o dinheiro foi recebido, mas diz que ele não sabia de sua origem ilícita. Boneti diz que a operação era normal no mercado:

“Eu executo as ordens financeiras. O Anderson tinha me dito que esse valor ia cair e que era para enviar os Bitcoins para uma carteira”

Os valores foram recebidos em 15 e 16 de abril, e em ambos os dias foram feitas tentativas de comprar criptomoedas, a primeira, com sucesso, movimentou R$ 4 milhões. Já a segunda teve 7 dos R$ 9 milhões bloqueados pelo Santander.

Os advogados de Anderson também responderam através de nota:

"Os advogados Mateus Marques e Samir Nassif, que atuam na defesa de Anderson Oliveira, informam que [...] há de esclarecer que existe apenas procedimento investigativo sem conclusão cuja responsabilidade do Ministério Público revelará a veracidade do acontecimentos."

A fraude descoberta na conta da metalúrgica Gerdau no banco Santander e enviou R$ 30 milhões a uma série de empresas em abril. Os golpistas usaram o internet banking de outra empresa, a Mundial, para programar e realizar as TEDs, manipulando o código do sistema.

A descoberta acabou levando a uma complicada investigação do MP até a deflagração da operação, em junho.

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