A Coordenadora Geral de Inteligência Financeira do COAF, Rochelle Pasiani, disse durante um seminário na quarta-feira que oito exchanges no Brasil já comunicaram o conselho de operações potencialmente ilícitas dos clientes, de forma voluntária. A matéria é do Portal do Bitcoin.
Segundo dados apresentados pela coordenadora, em 2019 foram 3.214 comunicações suspeitas reportadas ao COAF pelas exchanges, mais do que o dobro das 1.512 do ano anterior.
Em 2020, 803 transações suspeitas já foram comunicadas ao órgão.
Rochelle Pasiani não informou quais exchanges já informaram transações suspeitas ao órgão. Ela lembrou na transmissão que o Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro (GAFI) impõe que os criptoativos sejam incorporados no combate a crimes deste tipo.
A prática de confirmidade de verificação de identidade, KYC, não é padronizada nas exchanges e sequer é adotadas por todas as empresas do ramo no país.
Ela diz também que o setor carece de parâmetros que "permitam entendimento mais adequado do que é uma atividade suspeita ou não":
“Nos regulamentos de cada setor econômico existem hipóteses que devem ser observadas quando acontece uma transação. Como o setor de exchanges não é regulado, não existe um normativo que diga o que são essas ‘red flags'”
As comunicações das exchanges são analisadas e, em caso de suspeita de atos ilícitos, um relatório é remetido às autoridades, como Justiça, Polícia, Receita Federal, Banco Central, entre outros.
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