O Bitcoin (BTC) orbitava US$ 115,6 mil (+0,2%) na manhã desta terça-feira (19), em meio à fome de grandes carteiras de criptomoedas. Pela frente, o BTC pode testemunhar um rali de curto prazo, em caso de corte de juros nos Estados Unidos. No entanto, a euforia pode durar pouco em razão do fantasma da inflação, favorecendo os títulos de longo prazo.

Em relação ao alvoroço das carteiras mais afortunadas, a Santiment foi ao X destacar que “as principais baleias e tubarões do Bitcoin continuam a acumular após a leve queda desde a máxima histórica da semana passada”.

Com preços em queda de 6,22% desde 13 de agosto, carteiras com 10-10 mil $BTC acumularam 20.061 moedas a mais. Quando ampliamos o zoom, esse mesmo grupo de investidores-chave adicionou 225.320 Bitcoins desde 22 de março. Houve uma correlação notável entre as participações desse grupo e a direção do movimento futuro dos preços na maior parte dos últimos cinco anos, completou a plataforma de monitoramento on-chain.

Em um vídeo postado no YouTube e no X, Benjamin Cowen antecipou os possíveis movimentos do BTC entre o final de agosto e o início de setembro. Para o especialista em criptomoedas, o BTC pode atingir novas máximas nesse período, antecipando um possível corte de juros por parte do Federal Reserve (Fed).

Por outro lado, Cowen também se voltou para os últimos dados do Departamento do Trabalho, apontando que Índice de Preços ao Produtor (PPI) acumulou 3,3% de alta anual até julho, o que se refletiu em aumento na pressão vendedora de Bitcoin.

Para ele, o possível corte nas taxas de juros em setembro pode não representar a continuidade do mercado de alta das criptomoedas, mas sim o contrário, por causa da inflação e possível depreciação do dólar americano.

As altcoins provavelmente terão uma correção em seus pares com o dólar americano em setembro, porque acredito que o Bitcoin visitará a faixa de suporte do mercado de alta em setembro, alertou.

Benjamin Cowen associou a queda do Bitcoin a uma combinação de fatores decorrentes do corte de juros:

Uma das narrativas mais fáceis de seguir é que os mercados precificam as coisas antes que elas realmente aconteçam. E embora seja provável que eles cortem as taxas em setembro, também é provável que o mercado de títulos tenha uma reação negativa a isso… E então, quando o Fed cortar, provavelmente em setembro, há uma grande chance de que o rendimento dos títulos de 10 anos suba.

O especialista mirou uma alta a 5% no rendimento dos Treasuries dos EUA, percentual suficiente para o “possível recuo do Bitcoin para a faixa de suporte do mercado de alta em setembro.”

Recentemente, o fundador do ITC Crypto disse que o Bitcoin a US$ 135 mil é o começo do mercado de baixa com derretimento de até 50%, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletem as posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar uma decisão.