A valorização das criptomoedas favoreceu os aportes mantidos por investidores do Brasil em fundos cripto. Apesar disso, o país se manteve na contramão global e sacou líquidos US$ 10,6 milhões, R$ 57,3 milhões, no acumulado semanal da última sexta-feira (15). Nesse período, o fluxo de entrada líquida global beirou US$ 3,75 bilhões, segundo a CoinShares.
Regionalmente, o relatório da gestora de criptomoedas também apontou fluxo de saída líquida semanal da Suécia e da Alemanha, em respectivos US$ 49,9 milhões e US$ 400 mil. Por outro lado, Estados Unidos, Canadá, Hong Kong, Austrália e Suíça aportaram respetivos líquidos de US$ 3,42 bilhões, US$ 33,7 milhões, US$ 20,9 milhões, US$ 12,1 milhões e US$ 4,2 milhões. Enquanto isso, outros países totalizaram US$ 13,1 milhões em novas aquisições nesse período.
Nos acumulados mensal e anual, as retiradas líquidas de investidores do Brasil alcançaram respetivos US$ 15,4 milhões e US$ 81 milhões. Apesar disso, a máxima histórica alcançada pelo Bitcoin na semana passada, acima de US$ 124 mil, e de diversas altcoins, favoreceu a valorização dos investimentos mantidos pelos investidores nacionais em produtos baseados em criptomoedas. Nessa direção, o total de ativos sob gestão (AuM) superou US$ 1,72 bilhão e ajudou o país a se manter na sexta colocação global. Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Canadá e Suécia encerram a semana com respectivos AuM de US$ 164,26 bilhões, US$ 7,77 bilhões, US$ 7,33 bilhões, US$ 7,28 bilhões e US$ 4,27 bilhões. Nesse caso, o destaque foi a retomada da terceira colocação global pela Alemanha, cujo AuM voltou a superar o do Canadá.
Pela aferição voltada aos criptoativos, o relatório semanal da CoinShares destacou que os fundos baseados em Ethereum (ETH) mantiveram a hegemonia das últimas semanas ao atingirem US$ 2,86 bilhões em entradas líquidas ante US$ 552 milhões em fundos de Bitcoin (BTC). Outros destaques foram os fundos de investimento baseados em Solana (SOL) e Ripple (XRP), que atraíram respectivas entradas líquidas semanais de US$ 176,5 milhões e US$ 125,9 milhões.
O monitoramento mostrou que os fundos negociados em bolsa (ETFS) iShares (de Bitcoin e Ethereum), da BlackRock, representaram a maior pressão compradora ao atraírem US$ 3,2 bilhões em entradas líquidas. Pelo contrário, ARK 21 Shares, Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund e CoinShares XBT Provider responderam pelos maiores volumes de retiradas, em respectivos líquidos de US$ 184 milhões, US$ 74 milhões e US$ 52 milhões.
Na semana anterior, as retiradas nacionais recuaram a R$ 13,5 milhões em semana de recuperação dos fundos de criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.