Os investidores do Brasil sacaram líquidos US$ 2,5 milhões, R$ 13,5 milhões, de produtos de investimento baseados em criptomoedas no acumulado semanal da última sexta-feira (8). Nesse período, o fluxo global foi de US$ 578 milhões em entradas líquidas, segundo a CoinShares.
A gestora de criptomoedas destacou que a reversão aconteceu após o fluxo de saídas líquidas atingir US$ 1 bilhão no início da semana passada, na esteira da divulgação de dados fracos no mercado de trabalho dos Estados Unidos. A reação sucedeu a assinatura de um decreto presidencial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, permitindo a inclusão de criptomoedas em fundos de aposentadoria 401 (k), que são aqueles oferecidos por empregadores aos funcionários.
O fluxo positivo também contou com outros catalisadores, como o crescimento das expectativas de corte de juros do Federal Reserve (Fed) em setembro e a divulgação de balanços otimistas de grandes empresas de capital aberto.
Regionalmente, Alemanha e Suécia também fecharam a semana com saldo negativo em termos de fluxo de investimentos, com respectivas retiradas líquidas de US$ 33,5 milhões e US$ 16,5 milhões, enquanto outros países sacaram líquidos US$ 5,2 milhões. Em direção contrária, EUA, Canadá, Austrália, Hong Kong e Suíça investiram respectivos líquidos de US$ 608 milhões, US$ 16,5 milhões, US$ 1,4 milhão e US$ 1,1 milhão.
Apesar da manutenção do fluxo de retirada, a valorização das criptomoedas possibilitou o avanço do Brasil a US$ 1,67 bilhão no total de ativos sob gestão (AuM), montante que sustentou o país na sexta colocação global. Estados Unidos, Suíça, Canadá, Alemanha e Suécia encerram a semana com respectivos AuM de US$ 162,36 bilhões, US$ 7,42 bilhões, US$ 7,15 bilhões, US$ 7,12 bilhões e US$ 4,13 bilhões. Nesse caso, o destaque foi o AuM do Canadá, que recuperou a posição perdida para Alemanha na semana anterior. Enquanto isso, o AuM global chegou a US$ 226,05 bilhões.
Pela aferição voltada aos criptoativos, o relatório da CoinShares destacou que os fundos baseados em Ethereum (ETH) mantiveram a dianteira por US$ 269,8 milhões em entradas líquidas, apesar da reação dos produtos de investimentos em Bitcoin (BTC), que atraíram líquidos US$ 265 milhões no período. Outros destaques foram a Solana (SOL) e o XRP, cujos fundos registraram respectivos US$ 21,6 milhões e US$ 18,4 milhões em entradas líquidas. Na contramão, fundos em Sui (SUI) e de cestas multiativos registraram US$ 3 milhões em retiradas líquidas, cada um.
Por produtos de investimento, os maiores volumes de entrada foram iShares Bitcoin Trust ETF (US$ 188,9 milhões), Fidelity Ethereum Fund (US$ 109,1 milhões), iShares Ethereum Trust ETF (US$ 105,4 milhões), ProShares Bitcoin ETF-USD (US$ 95,1 milhões) e Bitwise Bitcoin ETF (US$ 62,3 milhões). Pelo contrário, os principais volumes de retiradas líquidas foram 2X Bitcoin Strategy ETF (US$ 105,1 milhões), Fidelity Wise Origin Bitcoin (US$ 55,2 milhões), Proshares Ultra Bitcoin ETF (US$ 42 milhões), Bitwise Physical ETH ETP (US$ 20,6 milhões) e Proshares Ultra Ether ETP (US$ 18,2 milhões).
Na semana anterior, os investidores nacionais sacaram R$ 70 milhões em meio ao pessimismo dos fundos de criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.